terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014 - 2013 foi meu ano!

Um novo ano está chegando e com ele as esperanças de que momentos melhores virão.
Que neste novo ano a cura se torne realidade em nossas vidas. Este será o ano em que desfrutaremos a plenitude de nossas vidas sexuais.

Nos últimos 3 anos a cura do vaginismo foi o meu alvo principal para o ano que viria. 
Embora sempre tivesse esperanças, este ano é diferente. 

2013 foi o ano em que, verdadeiramente, persegui a cura. Foi o ano de muitas vitórias sobre o vaginismo, graças a Deus!

  • 2013 o ano que criei o blog, conheci pessoas maravilhosas aqui;
  • Comecei a me exercitar com os dilatadores vaginais;
  • Venci todos os dilatadores; 
  • Consegui minha primeira penetração;
  • Encontrei uma boa psicóloga;
  • E, finalmente, iniciei tratamento com a fisioterapeuta uroginecológica.

Não tenho do que reclamar, foi o ano da iniciativa e de grandes conquistas. 
2014 será o ano da cura, eu creio!

Desejo a vocês muitas vitórias em todas as áreas de suas vidas.

E para aqueles que ainda não conseguiram dar o primeiro passo rumo à cura, em 2014 persistam em dar.

Lembrem-se que o primeiro passo é o mais importante,  por isso é o mais difícil. 
Olhem quantas coisas alcancei depois dele.

Que vocês tenham um ano repleto de realizações. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Psicoterapia

Olá pessoal, hoje falarei brevemente sobre as sessões de terapia. Até agora só fiz duas, por isso, ainda não dá pra avaliar muita coisa.

Como lhes contei no post Terapia Sexual, nunca gostei muito deste tipo de intervenção. Não gosto de me expor, sou bastante reservada, mas como o meu objetivo é me curar do vaginismo e uma das vertentes para a cura é a terapia, decidi que não fugiria mais dela. 

Bem, até agora, não foi nenhum castigo ir às sessões. Gostei da psicóloga, e gostei principalmente do fato de ela já ter atendido a outras vagínicas. 
Ela é bastante atenciosa, na semana passada não pude comparecer, então ela me ligou querendo saber se estava tudo bem, como tinha sido minha semana, se havia obtido algum progresso... gosto de pessoas que nos tratam como pessoas, não simplesmente como coisas.

As sessões consistem basicamente em falar, falar, falar e falar mais um pouco (rs...).
Ela faz algumas perguntas sobre a família, a infância, sobre o casamento e muitas outras coisas, e me deixa livre pra ir respondendo, às vezes ela interrompe e faz perguntas do tipo "o que você sentiu? medo, vergonha, raiva?", e vai anotando tudo que vou dizendo.
Falamos sobre as sessões com a fisio, o que sinto com as sessões, como tenho me saído, se tenho feito os exercícios em casa...

Conversamos sobre vários assuntos que de maneira direta ou indiretamente possam ter influenciado para que eu tenha desenvolvido o vaginismo. As vezes parece que o assunto não vai nos levar a lugar nenhum, mas o simples fato de me fazer refletir já é válido.

Uma coisa que estranhei foi o fato de ela não ter me aconselhado a parar com as tentativas de penetração.
Na maiorias das histórias que li, os terapeutas aconselhavam parar até que a pessoa se sentisse realmente pronta, assim evitaria certas frustrações e a pessoa não correria o risco de perder a credibilidade no tratamento e em si mesma.
Talvez seja porque, no meu caso, o grande problema não seja mais conseguir a penetração, e sim as dores e incômodo que sinto com o pênis dentro da vagina.

Como eu disse, anteriormente, ainda é muito cedo pra fazer algum  tipo de avaliação, tanto da psicóloga para comigo, quanto de mim para com ela, mas o importante é que tenho me sentido bem.
Com as festas de final de ano, a clínica entrará em recesso e o nosso próximo encontro só acontecerá
em janeiro.

Se houver qualquer novidade, voltarei para contar, ok?
Até breve!

PS. Amanhã terei mais uma sessão com a fisio, e assim como a psicóloga, ela também entrará em recesso. :(

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Fisioterapia Vaginal - 3ª Sessão

Olá meninas, como vão? Tenho sentindo falta de algumas por aqui! 
Estou na correria, final de ano é sempre corrido, né?
É trabalho, estudos, casa, sessões de terapia e fisioterapia... ufa! E ainda tenho que encontrar um tempinho para as compras de natal.
Espero estar perdoada por não ter postado antes sobre minha 3ª sessão com a fisio e também as 2 primeiras de terapia. Mas a terapia ficará para um próximo post, ok?

Então vamos ao que interessa!
Já lhes disse que estou amando as sessões. Elas têm sido mesmo bastantes proveitosas.
Já me sinto mais segura com os exercícios e bem menos constrangida em ter que realizá-los na presença da fisioterapeuta.
Sempre começamos pelos exercícios de respiração, depois contrair e relaxar os músculos e por fim introduzir os dedos.
Nesta última sessão fui apresentada à famosa sonda vaginal insuflável.
Não tive medo, ele até que é bonitinho! :)



A fisio queria colocar, mas preferi eu mesma fazer, me sinto mais segura.
Então introduzi com facilidade, (não sei exatamente o tamanho e a espessura dela, mas é um pouco maior e pouco mais larga que o 4º dilatador) e começamos os exercícios. Movimentos de vai-e-vem, em círculos e movimentos rebolando e subindo e descendo o quadril (rimos bastante com este último hahaha...). Introduzir a sonda foi fácil, mas os movimentos com ela não foram. A fisio disse que é normal, disse ainda que meu tratamento está indo muito bem. Não podemos esquecer que ainda estamos na 3ª sessão.
A fisio não inflou a sonda, achou melhor deixarmos para a próxima sessão, pois considerou que eu já tinha me esforçado muito nesta. Tirei e coloquei a sonda várias vezes, e para não corrermos o risco de estressar a vagina (rs...), paramos por aí.

O conselho que dou a vocês é que quem puder faça fisioterapia uroginecológica/vaginal, vale muito a pena, vocês se sentirão muito mais seguras e preparadas para tratar o vaginismo.

Até mais! Beijos. <3


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Fisioterapia Vaginal - 1ª e 2ª Sessões

Primeiramente gostaria de dizer que estou amando as sessões de fisioterapia. A fisio é extremamente simpática e muito profissional, ela consegue fazer com que eu confie primeiramente em mim e depois nela. Só gostaria de tê-la encontrado antes.

Bem, a 1ª sessão foi basicamente técnicas de relaxamento corporal e massagem perineal.
Deitada na maca eu tinha que contrair músculos da coxa, barriga, vagina e ânus, contar até 10, respirar bem fundo e relaxar todos os músculos.
Depois eu tinha que fixar o meu pensamento em apenas um músculo, contraí-lo durante 10 segundos e relaxar.

Após o exercícios de contração e relaxamento a fisio me ensinou a massagear o períneo (superficialmente) e as zonas próximas a ele. Me aconselhou que fizesse em casa tudo o que tinha aprendido naquela sessão, pois se dedicar aos exercícios em casa era ainda mais importante do que no consultório.

Na 2ª sessão, começamos com os mesmos exercícios que citei anteriormente, depois a massagem.
Ela pediu para que quando eu me sentisse pronta e relaxada era para eu introduzir 1 dedo e massagear as paredes da vagina, pensei que na presença dela eu não conseguiria, mas até que foi bem tranquilo.

Depois de massagear as paredes da vagina, era hora de fazer movimentos de vai-e-vem com o dedo, depois 2 dedos.
Com os dedos ainda introduzidos, ela pediu para que eu tentasse mudar de posição, então virei de lado, sentei, fiquei de pé... foi bem tranquilo, só senti um pequeno incômodo ao ficar de pé.

E assim encerramos mais uma sessão. Posso dizer a vocês que as sessões são super descontraídas, damos boas risadas, é cada posição hilária que não tem como não rir. Sempre saio de lá com a sensação de dever cumprido e com uma leveza corporal surpreendente. 

Na medida do possível vou contando tudo para vocês, sei que tem muita menina que ainda tem vergonha de buscar ajuda, e estes relatos podem servir de estímulo e também para que percebam que não é nenhum bicho de sete cabeças. Coragem!!!

Torçam por mim que estou daqui torcendo por todas vocês! :)


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Você tem intimidade com a sua Vagina?

Olá meninas, este texto me foi indicado pela minha fisioterapeuta, achei interessante e decidi compartilhá-lo com vocês. 
Espero que gostem.

Para ler o texto completo é só clicar no link abaixo.
Abraços.

Carol Ambrogini: Você tem intimidade com a sua vagina?: Depois de queimar soutiens, conquistar o mercado de trabalho e fazer e acontecer nesta vida “moderna”, parece até contrassenso falar que as mulheres têm uma certa vergonha da própria vagina.

Digo vergonha, porque não é possível tanta falta de intimidade com algo que é seu, que faz parte do seu corpo, que te pertence e é só sua, para o seu bel prazer...


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Fisioterapia Vaginal - A avaliação

Olá meninas, como está indo o processo rumo à cura?
Eu dei mais um passo, graças a Deus!

Como vocês têm acompanhado, nas últimas semanas progredi bastante, mas ainda não estava me sentindo tão segura a ponto de me considerar curada.

Vocês devem se lembrar que eu estava à procura de um fisioterapeuta uroginecológico que já tivesse alguma experiência para tratar o vaginismo, pois bem, eu encontrei. :))
Queria ter encontrado antes, se assim fosse, eu teria sofrido menos pra chegar até aqui.

Liguei pra ela e marcamos uma avaliação. No dia e hora marcada eu estava lá, super nervosa e ansiosa.
Ela me recebeu com muita simpatia. Conversamos bastante, contei minha história pra ela, e com esta conversa fui me acalmando, acalmando... e logo eu já estava super à vontade.
Ela é simplesmente maravilhosa e bastante experiente no assunto.

Depois da longa conversa, passamos para a avaliação. 
Vesti aquela camisolinha e me deitei na maca com as pernas flexionadas, joelhos bem afastados e sola dos pés sobre a maca.
Ela me ensinou algumas técnicas de respiração e relaxamento e pediu que eu fosse repetindo até me sentir mais relaxada. Quando eu estava pronta, ela disse que tentaria introduzir um dedo (com bastante lubrificante), mas que eu poderia ficar bem tranquila que ela só iria até onde eu me sentisse confortável.
Foi bastante tranquilo, com a técnica de respiração e relaxamento, senti que minha vagina sugava o dedo dela, percebi que ela não fazia força alguma para introduzi-lo.
Ela fez alguns movimentos com o dedo, movimentos em forma de U, pediu pra eu relaxar e contrair a musculatura pélvica repetidas vezes.
Depois ela disse que tentaria introduzir dois dedos, e entrou com facilidade. Ela abriu e fechou os dedos, movimentou os dedos pra baixo e pra cima (senti um certo desconforto, mas nada demais), e mais uma vez pediu para que eu relaxasse e contraísse algumas vezes, e ela foi retirando os dedos delicadamente.

Ela passou alguns exercícios para eu fazer em casa, introduzindo meu próprio dedo e fazer os mesmos movimentos que ela fez para conhecer melhor a vagina internamente, somente os dedos nada dos dilatadores.
E na próxima semana começaremos as sessões de fisioterapia pélvica.

Após a primeira sessão, volto pra contar tudinho pra vocês, ok?
Até mais. 


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mais uma etapa vencida

Acabo de vencer mais uma etapa rumo à cura.

Nestas duas últimas semanas vivi um misto de alegria e decepção.
Como lhes contei no último post, nós conseguimos nossa primeira penetração, porém algumas tentativas após aquela, não conseguimos a penetração completa, apenas metade do pênis entrava.
Não me sentia curada, mas imaginava que depois da primeira as demais aconteceriam sem grandes problemas.

Minha vontade era jogar tudo para o alto, mas graças a Deus recebi o apoio do meu marido, que tem sido um SUPER MARIDO, e seu apoio tem sido primordial para que eu continue nesta luta.

Ao invés de desistir, decidi que intensificaria os exercícios com os dilatadores, e assim fiz exercícios todos os dias da semana.
O mais interessante foi que desta vez fiz os exercícios com a ajuda do marido, foi um pouco mais difícil pra mim, mas acredito que faz parte de todo o processo. Sozinha eu faria com mais facilidade e agilidade, mas ele quis participar e eu não puderia dizer não, afinal tudo que sempre quis foi a maior participação dele diante do nosso problema.

Deitada na cama começava com os exercícios de relaxamento corporal, relaxamento da vagina... após este processo, o marido tentava inserir os dilatadores um a um.
Com bastante calma e paciência vencemos todos os dilatadores, isso mesmo, TODOS.
Sozinha eu só havia conseguido até o penúltimo, porém em um desses dias o marido conseguiu o último.

Neste dia namoramos bastante, mas sem penetração. No dia seguinte, após os exercícios, resolvemos tentar e o pênis entrou todinho com bastante facilidade.
Desta vez o incômodo foi menor e a ardência também, arriscamos alguns movimentos (nada muito brusco), e para minha surpresa foi muito bom.

E já que a "fórmula" deu certo, temos feito assim diariamente, começamos com os dilatadores, namoramos muito e depois partimos para a penetração. 

Tem sido maravilhoso, não imaginava que um dia eu sentiria prazer com a penetração.
Estamos aprendendo a controlar a ansiedade, e assim estamos começando a trocar a dor pelo prazer.

Sentimos que a cura está próximo e que bem em breve o vaginismo fará parte do nosso passado.


sábado, 2 de novembro de 2013

Nós Conseguimos

Olá pessoal, como vocês estão? Espero que estejam tod@s bem, com bastante determinação e fé.

É isso mesmo, assim como sugere o título deste texto, nós conseguimos a nossa primeira penetração! :)

Vou lhes contar exatamente como tudo aconteceu.
Esta semana estávamos muito entregues um ao outro, estamos vivendo uma fase bastante gostosa na nossa relação, e com toda certeza isso contribuiu muito.

Mas vamos ao que interessa, não é?
Quando começamos não tínhamos em mente a penetração, estávamos ali como das outras vezes, sem pretensão alguma de penetração.
Fomos nos beijando, nos acariciando durante alguns minutos. Começou a esquentar, a esquentar, a esquentar... rs... e foi aí que eu tive a grande ideia de tentar a penetração. Não preciso nem dizer que ele adorou a ideia. rs...
Pois bem, ele se deitou com as costas na cama e eu fiquei por cima dele (já havia lido várias vezes que esta é uma das melhores posições para nós vagínicas, pois temos maior controle), passei bastante lubrificante nele e em mim. Para me tranquilizar ele disse que não se movimentaria, que me deixaria à vontade para fazer o que quisesse.
Fiz alguns exercícios de relaxamento e peguei o pênis dele e comecei a fazer uma leve pressão para dentro da minha vagina (da mesma forma como faço com os dilatadores). No começo parecia que não iria entrar, então me concentrei, relaxei mais um pouco e conseguimos alguns centímetros de penetração.  Parei, me concentrei, relaxei e entrou mais um pouco, mais um pouco... e por fim, entrou tudo.
É claro que não fizemos aquele sexo cheio de movimentos e posições, não dava nem pra ele, nem pra mim. Deixamos o pênis dentro da vagina por alguns minutos e tiramos. Eu senti uma leve ardência e bastante incômodo e ele sentiu que era bastante apertada.
Continuamos nosso sexo como de costume,  e posso afirmar que foi o mais maravilhoso de todos.

A sensação de vitória foi maravilhosa, há alguns meses eu não conseguia introduzir um cotonete.
É importante dizer que não sinto que estou curada, mas, com toda certeza, foi um grande passo para a cura, me sinto mais próxima dela. :)

Espero profundamente que este post lhes dê força e ânimo para prosseguir. Me encontro mais esperançosa do que nunca.
Queria muito compartilhar esta vitória com vocês, por mim teria contado ontem mesmo. rs.

Rumo à Cura.
Abraços e até mais!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Não me sinto mais sozinha

O vaginismo é uma doença tão silenciosa que faz com que nos sintamos muito sozinhas. Geralmente não contamos o nosso problema a ninguém, na maioria dos casos, além de nós, somente o parceiro conhece a nossa limitação.

 É muito comum a mulher com vaginismo se surpreender ao descobrir que não é a única no mundo com este problema. E porquê achar que é a única? Simplesmente porque nunca ouvimos falar sobre o assunto, a vizinha nunca se queixou de ter vaginismo, os jornais não falam sobre vaginismo, a televisão também não. Ainda bem que temos esse mundo chamado internet, não é mesmo?

Pois bem, há pouco mais de 1 mês decidi criar este blog, o objetivo era desabafar, conhecer pessoas que têm ou que venceram o vaginismo, ajudar, ser ajudada... e é com muita alegria que digo que tais objetivos foram alcançados e foi muito além do que eu esperava.

No começo eu pensava que seria quase impossível que alguém lesse meus relatos, com tantos blogs por aí, porque leriam justamente este? Que bom que o encontraram!

Antes do blog eu me sentia muito sozinha, sem rumo, acabava sufocando meu marido (era o único com quem eu podia falar sobre isso). Mas felizmente, hoje não é mais assim, conheci várias pessoas, compartilhamos informações, trocamos e-mails... ajudei, fui ajudada! Gente, isso não tem preço.

Gostaria de agradecer a cada um de vocês amigas e amigo(s), a você que passa pelo blog sem querer ser notada, sou muito grata a todos, pois hoje não me sinto mais sozinha. Esta troca tem sido preciosa demais, palavras não são suficientes para expressas tamanha alegria.

É claro que o problema ainda me entristece, mas não como antes, hoje me sinto cada dia mais próxima da minha cura. O blog me desafia a cada dia, entendi que só seria capaz de ajudar os outros quando eu estivesse correndo atrás e vencendo meus próprios desafios, eu saí da inércia.

Hoje só tenho a agradecer!

Até mais. :)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Educação Sexual

Sou a mais velha de um casal de filhos. Criada numa família tradicional com pai, mãe e irmão.
Nossa educação foi baseada nos princípios cristãos.

Minha mãe engravidou de mim aos 21 anos, embora não fosse tão jovem assim, a gravidez não estava em seus planos. Devido à gravidez, ela e meu pai tiveram que se casar.
Quando eu tinha 4 anos meu irmão nasceu.

Meu pai, apesar de morar conosco, sempre foi muito ausente na nossa educação. Minha mãe sempre foi o pilar do nosso lar.

Como lhes contei, minha mãe teve uma gravidez indesejada, e é esta história que norteou minha educação sexual.
Ela nunca se perdoou por ter magoado seus pais, cresci ouvindo seus relatos de como havia sido tratada ao revelar que estava grávida. Meus avós depositaram grandes expectativas sobre ela, e o mesmo ela fez comigo.

Pouco falávamos sobre sexo em casa, e quando o assunto era tocado, minha mãe sempre me dizia para tomar cuidado, pois o sonho dela era que eu me casasse virgem. 

 Quando eu pensava em dar um passo além, me lembrava de suas palavras: "Não cometa o mesmo erro que eu, a mulher que engravida antes de se casar sofre muitas humilhações."

Nunca me senti rejeitada por ser fruto de uma gravidez não planejada, muito pelo contrário, sempre senti que ela estava cuidando de mim. Tenho certeza que ela errou tentando acertar.

Sempre tive grande admiração pela minha mãe, sempre a achei muito guerreira, batalhadora, carinhosa. E tamanha admiração, fez com que eu buscasse sua aprovação em tudo que eu fizesse. Só de pensar que ela não me aprovaria, eu temia seguir em frente.

Falávamos sobre assuntos diversos menos sobre assuntos relacionados ao corpo ou à sexualidade.
Na adolescência minha maior vergonha era menstruar e ter que contar ou pedir um absorvente para ela.
Não consigo explicar o porquê, mas o fato é que tinha tanta vergonha que ela só soube da minha 1ª menstruação 3 meses depois.

O sexo sempre foi grande tabu para mim. Na adolescência, como qualquer outro, eu comecei a descobrir meu corpo, me tocava e sentia prazer com isso, mas sempre me sentia culpada, muito culpada depois.
Nos meus relacionamentos, mesmo sem sexo, eu evitava que os homens me tocassem para que o sentimento de culpa não me invadisse.

Mesmo depois de casada, além do vaginismo, tive outros problemas relacionados à sexualidade, eu não aceitava que meu marido me tocasse, me acariciasse, que ele me visse nua, que tomasse banho comigo... Estes problemas já foram superados graças ao marido maravilhoso e compreensivo que tenho. 

Com certeza a maneira com a qual o sexo foi tratado na minha casa, tem grande relevância na minha vida sexual hoje.

domingo, 13 de outubro de 2013

Mais uma VITÓRIA

Olá, como vocês estão? Espero que estejam muito bem, e a caminho da cura.
Estou tão, tão, tão feliz!

Já havia lhes contado que estou usando os dilatadores, vocês se lembram?
Pois bem, tenho feito os exercícios (relaxar, contrair e descontrair os músculos da vagina, introduzi-los) quase todos os dias, até mesmo naqueles dias em que não estou afim.

Nos primeiros dias não foi nada fácil, mas já na primeira semana eu consegui introduzir os 2 primeiros.
Passei duas semanas me exercitando somente com eles, quando estava me sentindo confortável, tentei a introdução do terceiro dilatador (o amarelo), e consegui com bastante facilidade.
E assim foi com o quarto dilatador (o roxo), depois de treinar bastante com o verde e o amarelo, pulei para o roxo. Com este tive um pouco mais de dificuldades, nas primeiras tentativas entrou a metade, e em +ou- 2 dias, ele foi todo!

Mas um, em especial, me deu bastante trabalho. O quinto dilatador (com 3,10 cm de diâmetro e 13, 20 cm de comprimento), este parecia que nunca iria entrar. Tentava dia após dia, e nada.

Sempre começo pelo primeiro dilatador, fica mais fácil para tentar introduzir os próximos.
Um a um e todos entravam, com exceção daquele.

Ontem comecei a fazer meus exercícios, introduzi um a um, quando chegou no meu desafio, respirei bem fundo, passei bastante lubrificante e, enfim, ele ENTROU todinho!!!

Não foi muito agradável mantê-lo lá dentro, senti um incômodo como se a penetração fosse bem profunda, mas nada que não dê para suportar.
E com a experiência dos dilatadores anteriores, tenho certeza que será um incômodo passageiro, logo não estarei mais sentido. 

Espero, em breve, lhes contar sobre a penetração do último dilatador e, enfim, a do pênis do meu marido.

Sucesso para todas nós!!! :))

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A verdade é que eu sempre tive medo

Estava aqui conversando com algumas colegas de trabalho, e o assunto me fez tentar buscar na memória algum motivo pelo qual tenho vaginismo.

Cheguei à conclusão de que eu sempre tive medo e vergonha do ato sexual.
Não me lembrei de já ter pensado no sexo como algo simplesmente prazeroso. 

Todas as vezes em que eu pensava no sexo, pensava nele como algo que doeria, que me machucaria.
Conversava com algumas amigas, que já haviam usufruído da primeira vez, e elas eram unânimes em dizer que a primeira transa doía bastante, e que prazer mesmo só se sentia à partir da 3ª ou 4ª vez.

Não sei se é possível, mas me considero muito mais sensível à dor do que as pessoas com as quais convivo. Então sempre pensava que se para elas foi doloroso, para mim seria muito mais.

Acredito que lá no meu íntimo eu estava me trancando. Não estaria disposta a sentir tantas dores para enfim chegar ao prazer.

Um traço bastante forte da minha personalidade é a ansiedade, e pelo muito que pesquisei, vaginismo e ansiedade estão diretamente relacionados.

Outro traço é o medo, este me paralisa antes mesmo de tentar e de conhecer a real complexidade de muitas coisas.
Acredito ter sido o medo que me travou. Mesmo ouvindo que seria prazeroso, eu temia a dor.

Parece-me que, de alguma maneira, eu sempre soube que não conseguiria fazer sexo. :(


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dilatadores Vaginais


Há mais ou menos 1 ano, pouco tempo depois que comecei a desconfiar que tinha vaginismo, comecei uma saga pela internet em busca de informações sobre este tema, até então, completamente desconhecido por mim.

Através destas buscas, encontrei vários blogs que tratavam sobre o tema, posso afirmar que muito do que sei hoje sobre o vaginismo, descobri em muitos destes blogs. E foi em uma destas buscas que li sobre como os dilatadores vaginais podem nos ajudar a tratar o vaginismo.

Os dilatadores podem ajudar, a mulher com vaginismo, a ter um controle sobre a inserção de algo na vagina. Isso porque os dilatadores são de tamanhos e espessuras diferentes. Além de nos auxiliarem a conhecermos melhor o nosso corpo.

Li vários relatos de especialistas e de mulheres com vaginismo, de que os dilatadores contribuem bastante com o tratamento. Os dilatadores podem ser ferramentas muito eficazes, ajudam a eliminar o reflexo dos músculos, reflexos que são a causa principal da contração involuntária dos músculos da vagina.

Lembrei que minha gineco, a mesma que diagnosticou o vaginismo, havia me aconselhado a tentar inserir cotonetes, o dedo, absorventes internos, e que assim eu começaria o processo de dessensibilização da vagina. 

Então decidi adquirir os dilatadores e começar a fazer os exercícios para o relaxamento da musculatura da vagina.

Estou fazendo os exercícios há +ou- 1 mês, e tenho tido bons resultados. 
Nos primeiros dias não é nada fácil, o medo da dor é muito grande, mas só o fato de saber que tenho o controle da inserção, ajuda bastante.

O progresso tem acontecido dia-a-dia!

Aqui você encontra dicas de como usar os dilatadores e fazer exercícios:
http://vaginismorumoacura.blogspot.com.br/2014/07/exercicios-com-os-dilatadores-vaginais.html

Abraços. :)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Terapia Sexual

Na minha última postagem, lhes contei que fui diagnosticada com vaginismo. Fui aconselhada a procurar um terapeuta sexual que me auxiliasse nesta árdua caminhada.

Nunca fui muito adepta a este tipo de intervenção. Sempre fui bastante discreta e não gosto muito de expor minha vida pessoal, mesmo sabendo que neste caso, o outro seria um especialista.

Li no blog de um amigo as seguintes palavras: "O primeiro passo de qualquer tratamento é superar o medo da intervenção de um terceiro em nossa vida."

Pois bem, estou convencida de que a terapia, se não me fizer bem, mal também não irá fazer.
O fato de relutar tanto à terapia, me leva a acreditar que este seja o motivo pelo qual eu mais precise dela. 

O vaginismo é uma doença de cunho psicológico, então vamos tratar o psicológico! 
Acredito que descobrindo a raiz do problema, fica mais fácil tratá-lo.
Outro ponto positivo da terapia é aprender a lidar com os fracassos diários aos quais o vaginismo nos leva.  Preciso aprender a lidar com os meus, tenho vivido vários ao longo dos últimos anos.

Não foi nada fácil chegar até aqui; o medo da exposição e a vergonha me paralisavam, mas, à partir de hoje, não me paralisam mais! Não podemos perder cada esperança de cura, mesmo que elas pareçam insignificantes. Cada passo é um passo por menor que ele seja. 
Não desacredite, não!

Agora só falta achar um terapeuta com o qual eu me identifique, me sinta à vontade. 
Certeza de que não será uma tarefa nada fácil. (Pessoa pessimista, credo!)

Ainda não tenho muito para falar sobre o tema, pois me considero muito leiga no assunto, mas prometo postar aqui todas as etapas do tratamento.

Até mais. Abraços.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Enfim, o diagnóstico

Depois da última consulta, mais que frustrada, decidi procurar outra ginecologista. Fui sem muitas esperanças, mas a ideia de que eu estava acomodada atormentava meu casamento. Em todas as conversas mais sérias aparecia a cobrança!

Chegou o dia da consulta!
Esperei mais de 1 hora para ser atendida, (tenho a impressão que tudo acontece para que eu desista) mas enfim chegou a minha vez!

Muito simpática, ela me recebeu com um enorme sorriso no rosto, isso para mim, fez toda a diferença. Já me senti à vontade logo na entrada do consultório. 

Mas vamos ao que interessa! 
Eu disse a ela: Doutora, o motivo pelo qual estou aqui é  fato de não conseguir ter relações sexuais com penetração. Disse-lhe que parecia que havia uma barreira que impedia a penetração. Então ela pediu que eu me trocasse para ser examinada. Falou para que eu relaxasse, pediu para que eu confiasse nela, pois ela introduziria 1 dedo em mim e me garantiu que se eu relaxasse não doeria. E foi o que fiz, confiei e relaxei! Ela ficou com o dedo lá em média 1 minuto, massageando delicadamente as paredes da vagina. 
Não doeu nadinha, apenas me incomodou, afinal não estou acostumada a ter nada introduzido em mim.

Então ela me disse: Melissa, pelo que tudo indica você tem VAGINISMO!
Começou a explicar o que era, como os músculos reagiam a cada tentativa sexual, falou sobre o tratamento com ajuda psicológica, pois era um problema psicológico; apesar da dor ser física.

Saí de lá aliviada pelo diagnóstico, mas ao mesmo tempo bastante abalada. 
Apesar de já desconfiar que tinha vaginismo, lá no fundo eu preferia ter algum tipo de problema tratável através de remédios ou intervenção cirúrgica. Só quem sofre deste mal vai entender meus motivos.
É muito difícil saber que, praticamente 100% da minha cura, só depende de mim mesma.

Muito do que ela disse eu já sabia, antes de ter certeza do diagnóstico, eu já havia pesquisado bastante sobre o assunto. O próximo passo era ir até a psicóloga que ela me indicou.

Mas será mesmo que eu precisava de terapia? Li histórias de tantas meninas que se curaram sem. Porém, cada caso é um caso.




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ida ao Ginecologista 2

Como a outra gineco não me ajudou em nada, decidi procurar por outra na esperança de um diagnóstico definitivo.

Minha 2ª ida à ginecologista ocorreu alguns meses após a 1ª. Eu sei que deveria ter marcado o mais rápido possível, porém a cada ida  preciso de um tempo para me estabilizar. É muito difícil para mim, não consigo liderar com naturalidade com este problema, e o fato de ter que contar a minha limitação me faz muito mal. Enfim, talvez eu realmente precise, além da ajuda da ginecologista, da ajuda de um terapeuta; mas falarei sobre isto em um próximo post.

A segunda gineco era bem menos simpática que a primeira. Mal olhou na minha cara, a apatia surgiu de imediato. Por mim teria ido embora sem ao menos trocarmos uma só palavra, mas como eu já estava lá, não poderia perder a viagem.

Ela fez todo o procedimento de rotina, eu lhe disse o motivo pelo qual ali estava, ela me examinou, e assim como a primeira, constatou que não havia nada de errado comigo. Disse-me que eu era muito sadia e que estava com a saúde vaginal perfeita. 

Ainda assim, fizemos o famoso exame papanicolau, (fiquei bastante nervosa) mas senti apenas um incômodo, nada mais que isso; foi mais rápido do que eu imaginei! Fiquei bastante orgulhosa de mim mesma. Boba demais, eu sei! rs... Mas acreditem, para quem pensava que não tinha o tal "buraco", foi uma grande vitória.

Então tomei coragem e lhe perguntei sobre a hipótese de eu ter vaginismo, ela me disse que não era possível, pois mulheres com vaginismo não teriam condições de fazer o exame papanicolau. Gente, isso não é verdade, muitas mulheres com vaginismo podem perfeitamente aguentar o exames ginecológicos, as vezes, o problema somente está relacionado ao ato sexual. 
Por isso este é um problema muito mais emocional que físico.

E para fechar com chave de ouro, ela me olhou e disse: "Melissa, como já lhe disse antes, sua saúde íntima está ótima, a única coisa que precisa fazer é relaxar, simples assim. Se você não parar de ser tão infantil e mimada, acabará perdendo seu marido, pois ele irá te deixar." Vocês acreditam nisso? Sem o mínimo de sensibilidade e de profissionalismo! Apenas me despedi e saí imediatamente.

Gente, saí de lá tão arrasada, foi um dos piores dias da minha vida. Eu pensava: "como pode uma pessoa que deveria me ajudar, fazer uma coisa dessas comigo?" 

Sorte daquelas que encontraram bons médicos de imediato, mas infelizmente, a maioria das pessoas sofrem bastante, assim como eu, antes de encontrarem  bons profissionais de saúde.

Não desisto... Rumo à Cura!




domingo, 22 de setembro de 2013

Minha História

Tenho 30 anos, sou casada há 2 anos e 3 meses e meu pesadelo começou na lua de mel. Por opção, decidi que só perderia minha virgindade depois do casamento. E lá fomos nós, rumo à nossa primeira noite de amor.

Havia um misto de sentimentos dentro de mim: Alegria, satisfação, realização, ansiedade e medo, muito medo! Não sei explicar o porquê de tal sentimento, mas eu nunca imaginei que a primeira noite fosse ser fácil, sempre imaginei que fosse sentir vergonha e dor.

Já no quarto, começamos com as preliminares, e logo após partirmos para a tão temida penetração. Tentamos de todas as formas e não conseguimos. Eu sentia um certo incômodo e ardência. Ele pedia para que eu relaxasse.

Após várias tentativas, nós desistimos da penetração e resolvemos nos satisfazer de outra forma. Não posso negar que não foi como esperávamos, mas foi maravilhoso.

Conversamos e achávamos que não tínhamos conseguido por causa do nervosismo, cansaço, ansiedade e etc... Ele muito paciente disse que não havia problema e que no outro dia eu estaria mais tranquila e que tudo ocorreria normalmente.

Resumindo: todas a nossas demais tentativas foram frustradas, não conseguimos a penetração.





Ida ao Ginecologista

Vou contar-lhes sobre a minha 1ª consulta ao ginecologista depois de casada. 

Cheguei ao consultório e a gineco quis saber o motivo pelo qual eu estava ali. Conte-lhe que estava casada há 4 meses, e que ainda não havia conseguido a penetração, ela pediu que eu me trocasse e me deitasse na maca, (imediatamente comecei a ficar nervosa) ela começou me examinando e pediu para que eu relaxasse, quando eu menos esperei ela introduziu 2 dedos na minha vagina, contraí imediatamente e pedi que ela os retirasse (o desespero foi tamanho, que eu quase chorei). 

Então ela disse que não havia nada de errado comigo e que eu era perfeitamente normal, falou que eu precisava apenas relaxar e que tudo ocorreria bem. Minha vagina estava perfeita, nada de errado e muito menos de anormal (jurava que ele diria que eu tinha algum problema de formação, alguma anomalia...).

A maioria dos médicos desconhecem o vaginismo e quando conhecem, sabem pouco sobre o assunto. Por este motivo muitas de nós demoramos muito tempo para chegarmos ao diagnóstico certo.

Como ela disse que estava tudo bem, eu acabei não tocando no assunto.

Voltei para casa decepcionada, o que eu mais queria ouvir dela era que eu tinha algum tipo de inflamação, que iriamos tratar, e logo tudo estaria resolvido. Mas infelizmente não era tão simples. :(

E a saga continua!!!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O marido e o Vaginismo

Como prometido, hoje estou aqui para falar sobre as impressões e reações do meu marido diante deste vilão do casamento que se chama VAGINISMO.

Meu marido sempre foi bastante compreensivo diante do nosso problema, (digo nosso, pois muitos maridos acham que este é um problema somente da mulher, e não é! Este problema é dos dois, o marido não deve se acomodar e esperar que a mulher tome uma atitude sozinha. Ele tem papel fundamental no processo de cura. Na maioria das vezes ele é o único que conhece o nosso problema e seu apoio é fundamental) pois ele sempre acreditou que em algum momento daria certo.

Mas toda paciência uma hora começa a se esgotar, e foi o que aconteceu com ele. Diante da minha acomodação, ele começou a se estressar, e foi a partir daí que comecei a ir em busca de respostas. Meninas, eles sofrem tanto quanto nós, acreditem!

Não sabíamos o que se passava, mas sabíamos algo estava errado com o meu corpo. A ignorância era tamanha, que chegamos a achar que eu não tinha o tal "buraco", pois todas as vezes que tentávamos era como se eu fosse completamente lacrada, e por mais que insistíssemos não dava em nada, só aumentava a nossa frustração. O máximo que conseguíamos era que eu ficasse com uma ardência de tanto forçar.

Foram muitas conversas, tentativas frustradas, choros, noites em claro... até que em uma dessas noites fui para a internet em busca de respostas, e lá encontrei vários sites e blogs que falavam sobre o vaginismo. Ao ler cada palavra, parecia que eu mesma as tinha escrito, me identifiquei com cada história. E foi a partir daí que decidi procurar ajuda médica.

A minha consulta com a ginecologista ficará para o próximo post. Até breve.

   

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O motivo deste Blog

Olá, como vocês estão? Espero que apesar de tudo, estejam confiantes!

Se você se reportou até aqui, provavelmente você tenha vaginismo, conhece alguém que tenha ou está desconfiada que possa ter. Não é mesmo? Por isso  estou aqui, menos sozinha, com toda certeza!

Bem, o motivo pelo qual resolvi criar este blog é para compartilhar a minha história, conhecer a sua e juntas nos fortalecermos para enfrentarmos este problema tão silencioso. 

Não sei vocês, mas eu não tenho coragem de compartilhar este problema com outras pessoas, somente meu marido eu eu sabemos. Então acho que com a criação do blog irei me sentir menos sozinha, é como se ele fosse uma espécie de diário, onde todas vocês poderão participar e me fazer companhia nesta batalha.

Será mesmo que alguém que está lendo? rs...

Espero poder contar com o apoio de cada uma de vcs. Não me deixem só. deixem aqui seus comentários. Por muito tempo me calei, e hoje tenho certeza que esta não é a melhor opção.

Gostaria de também poder conhecer a sua história! 

Beijos e até a próxima postagem. :-)

O que é Vaginismo?


O vaginismo é um espasmo involuntário dos músculos da região da vagina. Os espasmos fecham a vagina.



O vaginismo é considerado um distúrbio de disfunção sexual. Essa condição tem várias causas possíveis, incluindo trauma ou abuso sexual no passado, fatores psicológicos ou um histórico de desconforto com a relação sexual. Às vezes, a causa pode não ser descoberta.

O vaginismo não é uma condição comum. O número exato de mulheres que têm esse problema é desconhecido.


Mulheres com diferentes graus de vaginismo muitas vezes desenvolvem ansiedade com relação à relação sexual. A condição faz com que a penetração seja difícil e dolorosa ou, até mesmo, impossível. No entanto, isso não significa que a mulher não possa se excitar sexualmente. Muitas mulheres podem ter orgasmos quando o clitóris é estimulado.


Sintomas: 

A penetração vaginal durante o sexo é difícil ou impossível;
A dor e a ardência vaginal é comum durante a relação sexual ou na tentativa de um exame pélvico.


Tratamento:

O tratamento inclui terapia prolongada que combine instrução, aconselhamento e exercícios comportamentais. Esses exercícios incluem contração e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico (exercícios de Kegel).


Recomenda-se realizar exercícios de dilatação vaginal com dilatadores plásticos. Esse tratamento deve ser feito sob a orientação de um terapeuta sexual ou de outro médico. Essa terapia deve envolver o parceiro e pode incluir contatos mais íntimos gradualmente, culminando na relação sexual.