sábado, 30 de agosto de 2014

Novo Ginecologista e Exames Ginecológicos

Olá pessoas queridas, hoje vou contar pra vocês sobre a minha primeira consulta com meu novo ginecologista.

Tudo novo, pra começar eu nunca tinha tido um ginecologista do sexo masculino, sempre tive vergonha por isso optava pelas mulheres. E o que me fez mudar de ideia? O simples fato de que minha gineco preferida, mais maravilhosa de todas não atende mais meus convênios :(

Há alguns meses comecei uma saga à procura de uma ginecologista, porém em todos os lugares que eu ligava só teriam vagas com o tempo mínimo de 2 meses, além de eu achar isso um tremendo absurdo, não estava disposta a esperar tanto tempo. Fui aí que em uma das clínicas tinham vaga na mesma semana, e eu sem titubear, pedi que marcassem, e foi aí que descobri que era um médico e não uma médica. Confirmei a marcação da consulta, mas achava que mo dia D eu não teria coragem de comparecer. Eis que o grande dia chegou e estou aqui para lhes contar como foi.

Como eu estava muito ansiosa, cheguei 45 minutos antes do previsto e só fui atendida 2:15h depois do planejado. Já não bastava eu ter de superar várias coisas para estar ali, ainda tive de passar por mais essa, a vontade de ir embora era grande, mas eu sabia que não era só pela demora que eu não queria estar ali.

Passada as quase 3 longas horas de espera, enfim fui chamada para conhecer o meu mais novo médico. Nos apresentamos e começos a conversar, contei a ele a longa história do vaginismo (me senti mais à vontade que das outras vezes, apesar desta ser uma das partes que mais odeio, foi mais tranquilo do que nunca, de tanto contar, devo ter me acostumado) conversamos bastante, ele foi super atencioso comigo, me parabenizou por todas as vitórias já alcançadas... (descobri porque ele me fez esperar tanto, é porque ele é daqueles médicos que ouvem o paciente e isto não é nenhum defeito, por isso eu o perdoei hahaha...). Graças a Deus ele não era mais um daqueles que não sabia do que se tratava o vaginismo. Ele quis saber o que eu já tinha feito até aqui e como eu me encontrava hoje, contei a ele sobre a terapia, sobre a fisio e sobre o quanto eu já avancei. 

Então partirmos para a parte que eu mais temia, sim eu temi, apesar de já ter feito os exames outras vezes sempre os fiz com minha antiga médica, já tínhamos atingido um nível de confiança e intimidade que tornava tudo mais fácil.
Me troquei, deitei naquela cama tão temida por nós, pedi a ele um tempinho para fazer alguns exercícios de respiração e relaxamento (que deram muito certo, por isso eu sempre os aconselho),e lá fomos nós realizar o papanicolau, foi incômodo assim como é para toda mulher, sendo ela vagínica ou não, podem perguntar para qualquer uma. Ocorreu sem traumas, sem dores e foi rapidinho. Acabado o papanicolau vocês pensam que acabou? Não, não acabou! Fizemos uma transvaginal; essa é bem mais tranquila, incomoda bem menos e também é bastante rápida. Através dela foi possível ver que ainda tenho SOP, infelizmente, mas nada que o tratamento não resolva.

Após os exames ele me parabenizou por ter conseguido realizá-los sem problemas. Ele é super humano, quem nos dera encontrar vários destes por aí, não é?!

Bem, era isso que eu queria compartilhar com vocês, vocês mais do que ninguém sabem o que significa para nós um novo ginecologista e a realização destes exames.
E para aquelas que ainda não realizaram nenhum deles, não se sintam diminuídas por isso, sua hora vai chegar, acreditem nisso.

Grande Abraço.
Melissa

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Contar ou não contar?

O vaginismo é um assunto tão sigiloso, que dentre muitos sentimentos que ele nos faz sentir um é a solidão e o outro é a vergonha, e os dois estão diretamente ligados. Temos vergonha de falar sobre o nosso problema, na maioria das vezes, apenas o marido, namorado, companheiro... sabem o que estamos enfrentando. Mas nem sempre eles são suficientes, temos até mesmo a impressão de que eles não entenderam realmente o que se passa conosco, por mais que eles se esforcem, nos ajudem, apoiem. Parece que chega aquele momento em que precisamos desabafar com uma amiga, seja ela uma amiga de infância, irmã, prima, mãe.

E aí, contar ou não contar? Eu contei!

Já faz algum tempo que venho sentindo a necessidade de contar para alguém próximo sobre o vaginismo. Não sei bem o porquê de tal necessidade já que há muito tempo não me sinto mais sozinha, tenho o blog, minhas leitoras que amo, me correspondo com algumas delas quase que diariamente, encontro a minha querida psico semanalmente e por fim, mas não menos importante, meu amado maridinho.
Ainda assim a necessidade persistia. Conversei com a psico para tentarmos entender o que se passava e ela me aconselhou a fazer o que achasse melhor., pois o que parecia era que eu estava sentindo a necessidade de ter um apoio que me parecesse mais familiar e feminino.

Semanas atrás, estava conversando com uma prima/irmã/amiga e achei que aquele era o momento certo, estávamos falando sobre a falta de lubrificação que tanto a incomoda e foi a deixa para que eu me abrisse com ela. Foi como o esperado, assim como a maioria das pessoas, ela nunca tinha ouvido a palavra "vaginismo" e não achava ser possível alguém ter um problema como este. Mas o mais importante foi o fato de ela não ter me olhado como se eu fosse um E.T. e a maneira como me senti com a revelação. Ela ainda me confidenciou que logo depois de dar à luz a seu primeiro filho, passou por problemas semelhantes, foram quase 6 meses sem conseguir penetração, e quando procurou sua médica adivinhem o que ela lhe disse? Isso mesmo, que era só relaxar que logo tudo voltaria ao normal. Com sorte tudo voltou ao seu devido lugar, mas penso que ela teve um caso de vaginismo secundário que se resolveu com mais facilidade. Que bom, ela teve sorte! Mesmo sem saber do que se tratava, ela decidiu fazer algo e começou a inserir o dedo e massagear a vagina internamente, e a fazer movimentos como se fosse alargá-la com os dedos, e deu super certo!

E sabem como eu me senti depois de ter me aberto? Feliz, feliz, feliz demais!!! Me fez tão bem quanto a primeira sessão com minha psico, meu primeiro post no blog, minha primeira sessão de fisioterapia... Não tive medo, nem vergonha, não me senti menor, nem menos mulher, muito pelo contrário, minha sensação era de liberdade plena, era como se eu tivesse tirado uma tonelada das minhas costas. :))

E vocês, o que acham, contar ou não contar?

Se alguma de vocês têm a mesma necessidade, aconselho procurar alguém da sua confiança, talvez isso também faça parte do processo de libertação total.
Espero que tenham uma experiência tão satisfatória e libertadora quanto a minha.

Abraços,
Melissa.