quinta-feira, 22 de outubro de 2015

II Encontro de Pacientes Com Disfunções Sexuais Femininas – Vaginismo e Vulvodínia

Gente, grande oportunidade para aquelas que são do Rio de Janeiro. A doutora Fernanda é uma excelente profissional e o evento é gratuito. Não percam!




II ENCONTRO DE PACIENTES COM DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS – VAGINISMO E VULVODÍNIA

23 de novembro às 18h no Edifício Cidade do Rio de Janeiro
(próximo ao metro carioca – Rio de Janeiro)
Av Almirante Barroso, 63, auditório 24 andar, Centro da cidade.

EVENTO GRATUITO!!! APENAS 30 VAGAS!!!

Inscrições por Email: fernandapacheco84@hotmail.com
Inscrições por WhatsApp: (21)99560-9080


O evento é restrito a mulheres que apresentam dor na relação sexual (vaginismo, vulvodínia e dispareunia).


Palestrantes convidados:

Dr André Medeiros (CRM: 52.73491-8): Médico ginecologista (FEBRASGO), Mestre em saúde pública; Especialista em videohisteroscopia pelo IFF/Fiocruz e Residência médica em ginecologia / obstetrícia pelo hospital Pedro Ernesto /UERJ.


Dra Fernanda Pacheco (CREFITO2:109096F): Fisioterapeuta em uroginecologia e obstetrícia (CBES-SP); Fisioterapeuta e responsável técnica da Clínica Urofisio; Fisioterapeuta no ambulatório de uroginecologia do IFF/FioCruz; Membro da câmara técnica de fisioterapia uroginecológica do CREFITO2; Pós graduada em Gestão de Saúde (UERJ); Formação Osteopatia (EBOM), RPG (Philippe Souchard) e Método Hipopressivo (Marcel Caufriez).


OBS: Não será permitida a entrada de maridos, namorados, parceiros... O evento é restrito à mulheres com disfunção sexual!


Necessário inscrição prévia! Vagas limitadas!
Inscrições por Email: fernandapacheco84@hotmail.com
Inscrições por WhatsApp: (21)99560-9080

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Eu Venci - A História da Claudia

Boa noite, queridas! Passando para compartilhar mais um relato de cura. A Claudia é uma querida que com muita determinação, paciência e confiança em si mesma, alcançou a cura na alma, no corpo e na mente. Leia e inspire-se, pois a cura é para todas, mas é necessário que não desistam dela!

Parabéns, Claudia, você merece toda a alegria que tem vivido!

Eu me chamo Claudia e quero dividir com vocês a minha historia!!!

Ela é longa, pois foram muitos anos de luta, mas como a cura é para todas, ela chegou para mim assim como logo, logo chegara a você!!!!

Bom... tenho 29 anos, sou casada a 6 anos, e namorei por 8. 

Como muitas, foi praticamente meu primeiro namorado, (tive um antes, mas bem pouco significante) 

Como podem ver pelos anos de namoro e casada, comecei namorar muito cedo, e minha criação foi bastante fechada, principalmente pra o lado da sexualidade.Tudo que soube ou aprendi sobre sexo foi de ouvir falar por ai...

Enfim cresci acreditando que deveria me fechar para os homens e isso obviamente se revelou em mim na adolescência. Não aceitava ser tocada, quando tocou meu seio a primeira vez me senti suja, invadida, usada (tudo aquilo que me foi embutido). Frequentava bastante a igreja e acreditava que casaria virgem para agradar a Deus e aos meus pais.

Mas como namorei muitos anos isso foi mudando e o desejo e o amor que eu tinha por ele me fez acreditar que poderíamos tentar. A primeira vez que fiquei nua de frente a ele foi no carro, quase em frente da minha casa, vindo de um show de madrugada, mas a penetração não aconteceu, outras vezes tentamos, sem sucesso, mas sempre acreditava que o problema eram as condições, o lugar, a pressa, enfim desculpas não faltavam.

Me casei acreditando que como vivia em pecado, casando tudo se resolveria, mas...nada, e fui assim levando durante anos..

Ate que um dia meu marido ficou bastante frustrado e disse a mim que nunca iria sentir o prazer de uma penetração (pois ele também era virgem) e ficou meio pensativo, foi a primeira vez em anos que ele me disse algo sobre o assunto, me mantive firme , mas no outro dia chorei muitooooo.

Mas foi bom, assim percebi que precisava de ajuda.

Procurei um ginecologista, e tive o diagnóstico. Quando o médico disse que iria me examinar , morri e não deixei ele encostar em mim , então ele me disse, “você tem vaginismo”, (de forma bem direta) “e precisa de psicóloga e fisioterapia, mas em nossa cidade não tem nenhuma das duas, só tenho conhecimento de especialistas em São Paulo” (moro a 700 km da Capital), chorei muito, me senti uma ET, e acreditei que nunca me curaria e morreria assim...

Mas respirei conversei com meu marido e resolvi procurar uma psicóloga aqui mesmo, (mesmo ela não sendo especialista em sexualidade), essa profissional foi absurdamente importante no meu processo de cura, ela me mostrou como eu precisava aparecer pra vida, me mostrou como eu tinha que me ver, como eu tinha que cuidar de mim, e me sentir mulher; pois eu não me arrumava, não usava saias , perfume, maquiagem, roupas curtas, jóias ou bijuterias,  e sequer havia percebido que era assim. Inúmeras vezes quis sumir, desistir dela, pois mudar não é fácil, aceitar as mudanças não é fácil, mas continuei, nem sei hoje ao certo como.

Um dia, sentada em família ouvi uma cunhada minha dizendo que havia ido a uma GO numa cidade aqui perto, que era maravilhosa pois era GO e sexóloga, quando ouvi aquilo pensei meu Deus é tudo que preciso!!!

Mas como nada na vida vem fácil...

Não dirigia, grana curta, mal sabia o nome da GO, não sabia onde era, mas revirei a net e encontrei, chamei uma amiga pra me levar, inventei uma história qualquer e fomos. De fato ela é maravilhosa. Me ensinou alguns exercícios para relaxar a musculatura, conversou muito comigo e me encaminhou para uma psicóloga especialista em sexualidade.

Com essa psicóloga avancei e mudei bastante a cabeça para a sexualidade, a primeira me ajudou a me enxergar, a segunda complementou e mexeu com minha sexualidade, e fez com que eu me visse como mulher de fato  e capaz de transar.

Mas como já disse nada e fácil não!!! rsrsrsrs

Grana mega, super apertada... e não estava mais conseguindo viajar pra frequentar a psicóloga e a sexóloga, sempre de carona com um e outro, então fui me afastando e ficando completamente perdida!!!!

Foi quando desesperada fui pra net e com a graça de Deus encontrei esse blog e a Melissa que me falou dos dilatadores me mandou emails de como usá-los , passou a falar comigo, e me apresentou outras pessoas que pude trocar informações.

Foi aí que o milagre aconteceu...

No dia 13 de junho desse ano, a minha cura veio, e veio completa, numa noite simples como qualquer outra, tomei coragem, levei pra cama todas as dicas, e segurança que aprendi, e acima de tudo a mulher que havia me tornado e fui...

Consegui e foi tão simples, mas tão simples que chorei muito e não consegui acreditar que tantos anos de luta, de baixa auto-estima, de choro, de desespero, de silêncio, de medo, de dificuldades mil, havia acabado!!!

Hoje sou curada, tenho aprendido a cada dia a me tornar uma pessoa melhor e mais solta na cama com meu marido. Todos os processos foram importantes na minha cura, mas sem dúvida, trocar experiências e não me sentir a única a estar com esse problema foi imprescindível para chegar à cura, falar dos meus medos, de minhas dúvidas, chorar no ombro de alguém, foi o salto que me faltava para a liberdade de me tornar eu mesma.

As vezes acho que estou sonhando, e tenho vivido o melhor momento da minha vida!

Me sentindo uma mulher completa!

MELISSA, NUNCA DESISTA DE SEU BLOG... VOCÊ É A LUZ PARA MUITAS MULHERES E FOI A LUZ DA MINHA VIDA!!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Eu Venci - A História da Laura

Oi, gente! Demorei, mas voltei, e voltei para compartilhar mais uma linda história de cura e superação. Dedico este relato a vocês que sempre me perguntam se é possível se curar quando não há a possibilidade de fazer fisioterapia e terapia, por falta de recursos ou por não ter o profissional na sua cidade. Sim, é possível vencer o vaginismo fazendo os exercícios em casa e seguindo as dicas daquelas que já venceram.
Parabéns, Laura! Desejo que você seja plenamente feliz.

Olá, Melissa!
Quero compartilhar com você minha história, achei muito legal o seu blog, isso é uma iniciativa muito boa, porque nós que sofremos dessa dificuldade nos achamos uns ETs, sendo que na verdade, não estamos sozinhas neste mundo e podemos nos ajudar. 


Bom, sou casada há quase 3 anos, porém namorei meu marido 6 seis anos antes de casar, depois de um ano de namoro resolvemos ter a primeira relação, mas não conseguimos, achei que era pelo fato de ser a minha primeira vez, porém os anos foram passando e nunca conseguimos, eu pensava que era pelo fato de não me sentir a vontade, por não estar casada, porque isso para mim pesava bastante, devido a educação religiosa que tive. Mas quando casei fomos para lua de mel, e achei que seria o grande momento, que tudo seria lindo e perfeito, porém foi frustrante, e com isso fiquei muito decepcionada comigo mesma, foi onde fui buscar ajuda com a ginecologista e ela me explicou sobre o vaginismo, comecei a procurar na internet algum tipo de ajuda e nada, então resolvi iniciar sessões de terapia com uma psicóloga, porque acreditava que tudo que estava acontecendo era psicológico, e precisa me entender melhor, o tratamento foi bom para ajudar a me expressar e compreender melhor meus sentimentos.

Paralelo as sessões eu procurava constantemente informações sobre vaginismo, e descobri em um blog os tais dilatadores, para fazer execícios de penetração, o problema é que eu não tinha coragem de comprá-los e nem me imaginava usando aqueles negocinhos.

Bom, graças a Deus tive um excepcional apoio do meu marido, foi ai que resolvi dar o primeiro passo e começar a usar os dilatadores, não foi nada fácil, mas um dia amanheci empolgada e encorajada, e resolvi entrar na internet em sites de sexshop e comprar o kit com 5 dilatadores (não é caro, comprei no Brasil mesmo e chegou em minha casa em uma caixa super discreta), quando chegou eu não conseguia nem abrir, comecei a rir e não sabia nem o que fazer com eles, bom guardei e lá ficou por muito tempo, até que meses depois, no dia do aniversário de casamento no ano 2014, resolvi tomar coragem e peguei o menor dos dilatadores e levei para o motel para comemorar com o meu marido, eu nunca consegui usar sozinha, quem sempre inseria em mim era o meu marido, isso por um lado foi bom, porque assim criávamos mais intimidade, e conseguimos quebrar as barreiras juntos, afinal isso já não era um problema apenas meu, mas nosso. 

Com isso, o tempo foi passando, e fomos aumentando os tamanhos, claro que cada vez que tentávamos mudar o tamanho, me sentia ansiosa e angustiada, com medo da dor, as vezes até protelava a mudança, mas no final dava tudo certo. Além disso, meu marido comprou um pequeno vibrador, que usava junto no momento da penetração, olha quando ele comprou fiquei super envergonhada e não queria usar, mas confesso que realmente ajudou bastante no momento da penetração dos dilatadores, porque eu ficava mais relaxada, usava o vibrador apenas para estimular o clitóris, mas não para penetração. 

Enfim após aproximadamente 10 meses utilizando quase sempre os dilatadores e também o vibrador, conseguimos então vencer as barreiras e alcançar a vitória. Em Abril deste ano consegui ter uma relação sexual com meu marido, com direito à penetração sem nenhuma dor, foi um momento inexplicável, ficamos super felizes e emocionados, pois foram tantas lutas, tantas angústias, que nunca imaginei conseguir consumar o ato sexual. Na noite que tudo aconteceu, eu pensava até que estava sonhando, não acreditava que era verdade o que eu estava vivendo, mas ai conseguimos repetir e repetir em outros dias, assim me senti aliviada e pude acreditar no que estava acontecendo.

Hoje me sinto uma mulher completa e muito, muito feliz! E agora só tenho a agradecer a DEUS, ao meu marido, à psicóloga, aos blogs e aos amiguinhos dilatadores e vibradores, que me ajudaram a reverter minha história e hoje posso compartilhar minha vitória. Olha realmente dar o primeiro passo e começar a usá-los, não foi nada fácil, mas espero que minha história possa ajudar e animar as que ainda estão enfrentando essa dificuldade, o importante é nunca desistir, porque quando menos esperar também alcançará a vitória! Tudo tem o tempo certo, nunca desistam de lutar!


Quero aproveitar e também parabenizá-la por essa iniciativa e agradecer, pois com certeza está ajudando e vai ajudar muitas mulheres.

Laura.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Eu Venci - A História da Su

Compartilho hoje com vocês a história de uma amiga muito querida que este blog me proporcionou ter. Como a maioria de nós, ela foi à luta e não se deixou intimidar, correu atrás com bastante dedicação e alcançou sua cura em tempo record.
Parabéns, Su! E obrigada pela disposição que tem em nos ajudar sempre.

Bom queridas, eu tentarei resumir a minha história, sou uma mulher de 28 anos, sou primeira filha, primeira neta, primeira sobrinha, primeira tudo, fui criada quase que em uma bolha, sou evangélica também. Fui criada para me comportar como uma princesa, que namoraria só para casar, os anos foram passando eu era muito certinha, estudiosa, dedicada, viva muito p igreja, estudos e família. 

Fui aquela de óculos, dentuça e etcs, sofri bullying, mas na época praticamente todo mundo era alvo de chacota por ter algo diferente, fiquei com trauma disso mas com o tempo a gente amadurece, coloca aparelho, ajeita o cabelo, ganha um pouco mais de corpo e vai seguindo. Beijei tarde, com 17 anos, um rapaz que conheci na internet, ele apostou com um outro amigo que mesmo eu sendo uma moça quietinha ele conseguiria me beijar, daí já comecei uma vida amorosa conturbada, nunca dei prioridade a ter um namorado, meu foco era estudar, meus pais falavam isso o tempo todo e fui... 

Tive uma sequência de relacionamentos fracassados, achei que casaria virgem, me envolvi com um rapaz por uns 6 anos entre idas e vindas, achei que era o amor eterno, ai comecei por alguns vezes a tentar perder a virgindade mas como p mim era coisa só p quando casar, tentei algumas poucas vezes mas não consegui. Na época achei que não conseguia por causa do ideal de casar virgem. Eu sempre fui digamos retardada p esse lado sexual. Eu só gostava de beijo e abraços, qualquer passada de mão já me dava repulsa. Depois eu ele acabamos nos afastando, tive outros rapazes que não passaram de beijos e abraços, nessa época eu realmente não pensava em fazer sexo. 

Ano passado comecei a sair com um rapaz que eu considerava o cara mais lindo do mundo apesar que ele tinha umas conversas estranhas, rsrrsr,  mas ninguém é perfeito, depois de algumas saídas fomos ao motel, e lá nada de penetração, ele tentou de tudo, todas as posições e nada, achamos que era a camisinha, achamos que era falta de lubrificação, achamos que era um monte de coisas, ele me alertou a procurar um médico. Mas ignorei, achei que era porque não tinha intimidade, não era o namorado, mesmo que começando a querer transar eu me reprimia. Paramos de nos ver, depois retornamos e nada de conseguir, mesmo trocando a camisinha, usando o lubrificante, até que ele começou a me acusar de não gostar de homem, ou não gostar dele, ou ser fresca e muitas outras coisas. Até que um dia saímos novamente e conseguimos uma única penetração que foi horrível dolorosa, parei na hora, como o empurrei p fora de forma brusca acabei machucando e sangrando. Mas seguimos a vida cada um na sua. 

Este ano conheci um outro rapaz, me senti bem com ele desde quando saímos a primeira vez, depois de um tempo juntos, tentamos transar e nada, achamos que eu ainda estava com vergonha dele, expliquei que tinha passado por esse trauma antes e continuamos tentando com calma e fomos conseguindo algumas parciais, com dor e muita agonia, até que nossa história se abalou e acabou por esse motivo e outros. Fiquei desesperada e comecei a buscar ajuda na internet, até que deduzi que era vaginismo, fiquei muito triste mas fui à luta, procurei terapia online, porque que era o que eu conseguia por tempo e dinheiro, e fui atrás de blogs, até que encontrei esse aqui, me senti acolhida pela dona, comprei os dilatadores, segui as dicas e fui. 

Sou fisioterapeuta mas esse ano não estou atuando, desde o inicio foi choque de realidade, foi eu querendo negar, mas segui devagar e sempre, após isso comecei a malhar, comprei lingerie, comecei a mudar a forma de vestir e de usar o cabelo, desmanchei minha imagem de menina, e hoje me vejo mulher, trabalhei minha ansiedade, comecei a me masturbar, a ler, ver e estudar sexualidade, e comecei a ver os resultados. Sexo começa com a cabeça, o corpo reage o que a mente deseja. 

Mais ou menos 2 meses desse turbilhão, eu e meu ex resolvemos conversar, decidimos seguir tentando, mas agora sem rótulos, após a segunda vez que saímos conseguimos a penetração, completa, sem dor, e com muita facilidade que não precisei do famoso KY. FOI MUITA ALEGRIA! Me senti entregue, me senti completa, me senti vencedora. Foi uma noite maravilhosa para nós dois, de muitas que virão de agora p frente. Ver a felicidade dele foi uma recompensa que não sei descrever. E assim sigo a jornada, agradecendo ao meu terapeuta, às meninas do grupo desse blog, à dona dele, minha querida a quem serei eternamente grata.  E digo que hoje tenho outra vida, ainda tenho uma longa caminhada, mas já senti a mudança de vida, de comportamento, de realização. Agora quero conseguir em outras posições. 

Sigam firmes na terapia, sigam firmes se conhecendo, se amando, se dedicando a progredir, sigam com os dilatadores, a cura vem quando nos libertamos de nossos fardos e nos abrimos para uma nova realidade. Todas somos capazes.

Um beijo carinhoso. 
Su

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Você não está Sozinha



Embora você, provavelmente, se sinta um E.T, acredite ser a única na face da terra com este problema, o sexo parece ser tão fácil para todas, menos pra você... Você não está sozinha, acredite, nós somos muitas por este mundo afora, infelizmente!

Há um ano e meio este blog foi criado; meu intuito era ter um espaço onde eu pudesse desabafar sobre como eu me sentia naquele momento de tamanha angústia e dor, para minha surpresa muitas pessoas começaram a visitá-lo, me deixavam recados de incentivo por e-mail, comentavam minhas postagens, e em pouco tempo eu não me sentia mais sozinha, (na ocasião escrevi este post) me sentia amparada, e pela primeira vez sentia que estava conversando com pessoas que realmente sabiam pelo que eu estava passando, que me entendiam de verdade.

Eu não desejava que outras pessoas passassem pelo que eu estava passando, mas como elas existiam e eram muitas, fiquei muito feliz em encontrá-las. Nós encontramos, umas nas outras, forças para vencermos o vaginismo, para seguirmos em frente.

Eu já estive na mesma situação que provavelmente você se encontra hoje. Colhia informações em blogs e me animava, dias depois, estava desanimada novamente. E pensava: será que a cura realmente existe? Será que o vaginismo não faz mesmo parte do meu destisno e que estou predestinada a viver com ele eternamente? Será que estou pagando alguma espécie de pecado? E por aí vai, muitas outras indagações se repetiam na minha mente constantemente.

Entre quedas e tropeços, finalmente cheguei onde estou hoje, enfim curada há 1 ano! Com a certeza de que se estivesse desistido da cura, estaria desistindo de mim, do meu casamento, de ser uma mulher que hoje se sente completa. O vaginismo me ensinou que quando a gente se dedica, quando a gente quer de fato, a gente consegue algo que parecia ser muito além das nossas capacidades.

Hoje dedico uma parte do meu tempo a este blog porque acredito que posso ajudar de alguma forma, nem que seja apenas com uma palavra de ânimo, tirando uma dúvida... E foi pensando nisso que criamos um grupo no whatsapp com mulheres que decidiram vencer o vaginismo e não deixar que ele as vençam. Estamos lá diariamente compartilhando as nossas lutas, nossos tropeços, nos ajudando e, principalmente, celebrando as vitórias diárias de cada uma, por menores que elas sejam. Vivendo um dia de cada vez e celebrando sempre! Caso você, mulher, queira fazer parte deste grupo, me envie um e-mail contando sua história e seu número, você será muito bem-vinda.

Você não está sozinha!
Beijão em todas e até mais :)

quinta-feira, 19 de março de 2015

Eu Venci - A História da Orquídea

Gente, mais um depoimento lindo e empolgante, vale a pena ler até o final. 
A Orquídea era uma daquelas leitoras que, na maioria das vezes, passava pelo blog quietinha e ia colocando em prática tudo que lhe parecia útil, por fim, alcançou seu objetivo, e hoje está curada.

Orquídea, obrigada por compartilhar sua história conosco. Obrigada pelo seu carinho, você é uma querida.

Melissa, Meninas, Olá! 

Eu estava devendo a algum tempo o meu depoimento. E é com grande alegria que faço isso e que a minha história possa te motivar, te encorajar a não desistir da cura, porque é possível! A história será um pouco longa, afinal foram um pouco mais de 6 anos...

Bem, atualmente eu tenho 30 anos de idade e 6 anos e meio de casada. Eu e o meu marido, nos casamos virgens por escolha própria. Sempre conversávamos que se não rolasse na primeira noite, tudo bem, porque afinal, o dia do casamento é bem cansativo e tals. Porém, na primeira noite, até começamos, mas devido ao cansaço, decidimos não tentar a penetração. Viajamos para a lua de mel e na segunda noite, tentamos a penetração e não conseguimos, achamos que era inexperiência em não saber direito como as coisas funcionavam. Não achei que houvesse algum problema, pois não estava nervosa, com medo ou qualquer coisa do tipo...eu o amava, lubrificava super bem e até cheguei a ter um orgasmo só com as preliminares. Voltamos da lua de mel sem conseguir consumar o casamento, mas achávamos que era questão de tempo... "Namorávamos"quase todos os dias, porém, a penetração não acontecia :( Apesar desejar o meu marido, lubrificar super bem, sensação era que havia uma "parede" entre as pernas que impedia o pênis de entrar... 

Quando completei 3 meses de casada, resolvi conversar com a minha mãe sobre o que estava acontecendo e ela orientou que eu procurasse uma ginecologista. Nesse meio tempo, em uma noite, durante as tentativas, senti que entrou um pouquinho pela primeira vez e depois vi um pouco de sangue no cobertor e achei que finalmente tinha finalmente conseguido e ficamos tão felizes! Fui na consulta, contei a toda a história e lá, a médica me disse que estava tudo normal e que o meu hímen continuava intacto, ou seja não tinha tido a penetração. Me disse que estava tudo bem (na época , preferia que ela dissesse que havia algo errado que pudesse ser resolvido) e disse que "eu tinha que tentar mais"... Mas como assim tentar mais, eu já estava tentando! Sai de lá me sentindo uma incapaz de fazer uma coisa tão simples que era perder a virgindade. Mas blz, era só continuar tentando... Passou-se um ano e nada, a lubrificação cada vez menor e o desejo pelo ato sexual também, pois apesar do enorme carinho amor e paciência do meu marido, tentar a penetração era cada vez mais doloroso fisicamente (pois antes não doía e agora sim) e psicologicamente... Era como se já iniciasse sabendo no que ia dar, que eu não ia conseguir novamente, daí comecei a querer não tentar e até a meu marido começou a ter efeitos como não conseguir sustentar a ereção por mais que alguns minutos (sim, o marido da mulher vagínica, acaba por sentir efeitos também). 
Logo após completar um ano, fui procurar outra ginecologista, pois não era possível que após um ano de casada, amando o meu marido, eu não conseguisse consumar o casamento... Contei mais uma vez a minha história e tive que ouvir da médica que isso estava acontecendo porque ambos eram virgens (e todo mundo não sai dessa condição primária?) e pasmem!, ela me orientou a dizer pro meu marido que ele procurasse uma prostituta pra deixar de ser virgem e que eu fizesse o mesmo, e após os dois terem uma experiência sexual, tentássemos novamente. Meninas, eu na hora não acreditei que estivesse escutando aquilo, mas eu estava. Sai de lá arrasada, magoada, impotente, incapaz... Contei para o meu marido chorei, chorei e ele me abraçou e disse que ela só podia estar maluca, que isso não iria acontecer e que iriamos conquistar isso juntos. Era só questão de tempo.

A cada ano, ao fazermos aniversário de casamento a angústia era maior, e eu só pedia a Deus que no próximo aniversário, pudéssemos comemorar com uma linda noite de amor. 

E chegamos a três anos... Nessa época, ficávamos até 3-4 meses sem tentar nada pelo medo de sofrer... Veio também o desespero de nunca poder ter filhos da forma natural... Então, em um dia de férias comecei a procurar os meus sintomas no Google. Eu não acreditava que aquilo era normal, que era falta de tentar e etc... Então encontrei o site "vaginismus" blogs que descreviam os sintomas como uma "parede impedindo a penetração" e eu disse "é isso que eu tenho!". E comecei a aprofundar as pesquisas e me identificar com os relatos nos blogs. Procurei uma psicologa nesse tempo e foi um ano e meio de tratamento, que me ajudaram a lidar com mts questões da vida, mas no meu caso não com o vaginismo. 

Arrumei coragem de procurar outra gineco, pois depois da ultima consulta, eu não havia procurado mais com medo do que poderia ouvir. Infelizmente, há muitos profissionais inexperientes nessa área e o pior sem humanidade. Mas também, sei que há bons profissionais. Contei mas uma vez a minha história pra medica. Como era difícil contar esse historia pra alguém... Em todos esses anos, apenas as nossas mães souberam e uma amiga mto chegada. Contei tb sobre o que havia pesquisado e a dra pediu para me examinar e perguntou se eu já havia feito preventivo com o bico de pato e eu falei que não e ela disse que iria tentar. E não é que, conseguiu! E disse que não era vaginismo pq conseguiu fazer o exame. Sai de lá esperançosa pois não tinha uma barreira na minha vagina. A médica passou uma transvaginal e o médico também conseguiu fazer o exame... Fui pra casa pensando, pronto!, acabou essa história e disse pro meu marido que iriamos conseguir... Só que não... Lá se foram outros meses e nada. Isso deixou o meu marido mal, pois pq eu conseguia fazer o exame, mas o meu corpo não impedia que ele me penetrasse... Apesar de amá-lo, desejá-lo... 

E chegamos a 4 anos de casados, comecei novamente as pesquisas e tomei conhecimento da fisioterapeuta -ginecológica em um blog e marquei uma consulta. Ela foi um amor de pessoa e disse já ter trabalhado com vagínicas e que na maioria das vezes o processo é psicológico, pois nos exames quem estava no comando eram os médicos e que na relação sexual era eu quem estava no comando. Ela disse que geralmente eram 10 seções em média para a cura e que me ensinaria a comandar o meu próprio corpo. Fiz o tratamento com as técnicas de relaxamento, respiração, exercícios de kegel e na quinta consulta já estava conseguindo penetrar uma prótese de pênis! Estava mto perto da cura, mas na época, mudei de chefia, pois antes ela era de outro estado e eu tinha um horário mais flexível para trabalhar e conseguia ir para as consultas no meio do expediente... E agora como explicar o porquê de precisar do tratamento. Com não quis mentir, tive que abandonar o tratamento... Mas consegui uma penetração parcial com meu marido e achei que era só continuar os exercícios,mas tive uma infecção ginecológica e tive que fazer tratamento, sem relação sexual. Após quase um mês fomos tentar de novo e nada! Todo a evolução tinha ido por água abaixo... Daí veio novamente o desânimo, o medo, paramos de tentar e etc.. Meninas, muitas vezes, nós boicotamos o nosso próprio tratamento. Hoje, consigo enxergar isso... Quantas vezes deixei pra lá por medo de encarar... 

Fiz cinco anos de casada e a vida seguindo. 

6 anos! Com seis anos, voltei a ler os blogs e as histórias de cura, e pensei por que comigo será diferente? E comecei a me esforçar pra mudar o meu modo de pensar. Amo o meu marido e sei que também me ama, pois do contrário não estaria mais comigo e comecei a colocar a fé em Deus em prática. Não como das outras vezes, pensando que Deus iria fazer um milagre (SIM! ELE faz milagres! Eu sou um milagre, mas isso é uma outra história...). Mas tem situações que temos que fazer o que nos cabe! Dessa vez não iria "cair do céu" porque EU tinha que me esforçar também... Quantas vezes nesses anos, eu com medo de enfrentar o problema eu deixei pra lá... Não foram seis anos de luta, foram seis anos de idas e vindas. Mas dessa vez, fui atrás da cura com unhas e dentes... Precisava fazer isso por mim, pelo meu marido e pelo nosso amor! E agradeço a Deus (porque sem Ele nada aconteceria), pela vida da Melissa e por achar esse blog. Foi a coragem que eu precisava naquele momento. Li sobre os dilatadores da Absollo, pois apesar de eu ter uma prótese, era do tamanho normal e eu não conseguia fazer nada com ele... E comprei, (embalagem discreta) e me pus a treinar, dilatador a dilatador, sempre usando em todas as vezes do menor até o tamanho que eu conseguia... Todos os dias... sempre primeiro pedindo a Deus que me ajudasse a vencer de uma vez por todas, depois com o exercícios de kegel ( relaxamento e contração muscular da vagina) e penetração com os dilatadores (ah.. utilizando um lubrificante a base de água) pois a minha lubrificação praticamente tinha se extinguido...Cerca de quinze dias depois, tentei com o meu marido (antes fiz todos os exercícios durante o banho para preparar a vagina) e consegui penetrar \o/ tudo! Não foi assim de uma vez como mágica, pedi pro marido ir tentando aos pouquinhos... tentou não foi, tentou de novo foi mais um pouquinho e assim até à penetração completa. Dessa vez era diferente, pela primeira vez eu senti que estava no controle dos movimentos do meu corpo! Ele só estava fazendo para o qual foi criado, foi mto bom, ficamos felizes pois foi uma evolução fantástica, porém, o meu marido não conseguiu a a ereção por mto tempo, lembra que falei que o vaginismo afeta também os maridos? Então, não houve ejaculação. Continuamos o processo de cura e conseguimos a penetração completa mais duas vezes, porém, também, sem ejaculação... E meu marido já triste e preocupado e querendo procurar um médico... Até cheguei a ler sobre ejaculação retardada, pois em todos esses anos, ele havia ejaculado apenas com polução noturna (não praticamos a masturbação). E eu disse a ele para esperarmos um pouco, afinal, foram anos difíceis e que poderia ter bloqueado de alguma forma, pois até então nessas tentativas satisfatórias as coisas estavam bem mecânicas (é meninas, isso mesmo, eram beijinhos, toques, tesão e etc, mas quando chegava a "hora H de penetrar", era peraí, coloca o lubrificante, abre a perna, segura os lábios vaginais para dar abertura, direciona o pênis, começa a penetrar...) Uma dica: coloque o lubrificante na própria vagina antes de começar a a namorar para não ter que parar depois de começar o momento de vocês... 

Então, teve um dia em que nossas mães viriam nos visitar, pois moramos em outro estado. O voo atrasou e estávamos aguardando em casa, daí, eu disse: "Poxa, podíamos namorar um pouco, pois elas vão passar alguns dias aqui em casa e vamos ficar tensos pra tentar alguma coisa e vai que faz barulho..." Nos primeiros dias, após conseguir a penetração, meninas, é normal, você ter medo de ficar alguns dias sem tentar e voltar tudo de novo... Começamos a namorar, detalhe, sempre era um ritual pra tentar... E nesse dia, tinham os acabado de chegar do trabalho, nem tínhamos tomado banho ainda... Tentamos, sem lubrificante, e não conseguimos penetrar, pois eu estava bem seca embaixo apesar de estar a fim, corri pro banheiro, passei o lubrificante e voltei, tentamos novamente, mas daí a ereção tinha ido embora... Levamos isso na boa e ficamos ali deitados, com carinho e de repente, voltamos a tentar novamente, assim sem cobranças, pela primeira vez, sem rituais , sem tentar uma posição mais fácil, (até o momento só tínhamos conseguido comigo por cima, apesar de eu não gostar muito, porém, para penetrar, como a mulher está no controle é mais fácil para as primeiras vezes) parece que os corpos foram se encaixando (ele por cima), a penetração aconteceu, foi havendo movimentação kkk até que ele ejaculou... Nossa, foi o momento mais lindo, ele e eu choramos ali abraçados, assim meio que sem acreditar, e finalmente depois de seis anos e dois meses, VENCEMOS o vaginismo!!! OBRIGADA, DEUS! 

Queridas, desculpe o longo relato, mas quis escrever todas as dificuldades com o máximo de detalhes possíveis (porque na verdade, dá um livro) pois talvez, você se identifique e quem sabe esse relato vai representar para vc o diagnóstico, uma luz no fim do túnel, uma esperança de que é possível! SIM, A CURA É POSSÍVEL! Por um longo tempo, eu não acreditei que seria e e tive muitos momentos de idas e vindas em relação a esperança. Agradeço a Deus pelo homem que ele colocou em minha vida pois o seu companheirismo foi fundamental. Lute pela cura, não deixe pra lá, o caminho não é fácil, mas possível. Amanhã, é o dia internacional da mulher e talvez você não se sinta uma mulher completa ainda, como eu não me sentia. Transforme esse sentimento em força para conquistar o que tanto deseja. A vida pós-vaginismo é fantástica.... Muitas descobertas. Ainda não consegui o orgasmo vaginal, mas sinto que estou cada vez mais perto, pois a cada dia vou me conhecendo melhor e ao meu marido. Um bjo, queridas! 

Orquídea 
07/03/2015

terça-feira, 3 de março de 2015

Eu Venci - A História da Adriana

Ebaaaaa, mais um depoimento de cura para nos alegrar e motivar. Hoje compartilho com vocês a história da Adriana que há menos de 2 meses achava que a cura estava muito longe de acontecer. Se você também se encontra nesta situação, esta é mais uma prova de que a cura é possível e chega para todas que perseveram.
Ela alcançou a cura sozinha, mas se você tem encontrado dificuldades e sozinha não tem conseguido, a ajuda de um especialista é super importante e eu sempre recomendo.
Parabéns, Adriana! 

Oi Melissa!!

Outro dia mesmo estava no seu blog e comentei em um dos posts que minha cura parecia estar muito longe, e aqui estou eu, escrevendo minha vitória!! É com coração explodindo de emoção, que após longos 3 anos encontrei a cura!!! Precisava compartilhar meu depoimento com você, com o blog, com todas as mulheres que sofrem com este fantasma que a tanto me atormentou!

Ainda estou extasiada e desacreditada, minha ficha definitivamente ainda não caiu!
E gostaria de dizer pra todas as vagínicas que estão lendo meu depoimento agora: POR FAVOR, NÃO DESISTAM!

Bom, esse fantasma chamado Vaginismo começou a me perseguir assim que me casei. Tive um relacionamento longo (namoro/noivado), e por opção e respeito de ambas as partes, eu e meu marido decidimos que casaríamos virgens. Após o casamento, já na noite de núpcias um medo muito grande tomou conta de mim e nada foi consumado naquele dia. Até então, parecia normal, e tanto eu quanto meu marido estávamos tranquilos com relação a isso, já que concluímos que a ansiedade e toda emoção do tão esperado dia tinha me feito travar.

Passou a lua de mel, um ano, dois anos, três... e nada de penetração. Durante este tempo meu marido sempre foi muito paciente, mas teve seus momentos de crises também. Ele pensava que eu não sentia atração por ele, e que este era o motivo do problema todo. (sei que muitos parceiros pensam isso também, é totalmente compreensível, quando não se conhece o vaginismo). Antes de saber o sobre o vaginismo, minha mente ficava a mil, porque não conseguia entender o porquê de não conseguir “demonstrar” todo amor que tinha guardado em mim ao meu marido. Por diversas vezes me perguntei: O que está acontecendo comigo? Eu o amo, o desejo, e na hora H não consigo nada, até perco a vontade! Será que tenho problemas físicos? Será que tem algum problema com meu himem? Será que tenho mesmo o tal buraco?
Me sentia defeituosa. Queria sumir. Por fim, queria a morte. Isso é o que o vaginismo faz, e sei muito bem como essa luta não é fácil!

Em muitos, muitos, muitos, momentos chorei e me vi como caso perdido! Clamava para que Deus me ajudasse em muitas madrugadas sozinha sentada no chão do banheiro, enquanto meu marido dormia. E claro, tinha muito medo de perdê-lo! (este é um sentimento muito comum, de vagínicas com relação ao parceiro!).

O Vaginismo me fez perder a vontade de fazer sexo. Acredito que por conta do medo, eu evitava ao máximo os momentos mais quentes, pra não me frustrar com mais uma derrota! E isso fazia com que meu marido concluísse que eu não tinha atração por ele. Eu mesma ficava confusa com relação a tudo isso. É muito importante que o parceiro entenda o que é vaginismo! Eu mostrava vários depoimentos pro meu marido, e aos poucos ele foi entendendo que o problema não era atração, não era frescura, não era físico, e sim morava no psicológico e conseqüentemente precisava dele cooperando comigo também.

Deus teve o cuidado de colocar em minha vida uma amiga preciosa! Decidi me abrir, e ela chorava minha dor e se alegrava comigo a cada etapa vencida! Como me ajudou!!! Me mostrava blogs e vi que não era a única que sofria disso. Ela me respondeu várias dúvidas que não teria coragem de perguntar pra ninguém e me deu várias dicas femininas também! A melhor coisa que fiz foi compartilhar meu problema, ele ficou muito menor do que parecia! Inclusive foi ela que comprou o kit dos dilatadores para mim, e foi aí que começou meu processo de cura! (SANTOS DILATADORES!) Comecei conhecendo meu próprio corpo, e tendo o controle dele, ate que estava mais confiante e quando menos esperava em um dia como outro qualquer, aconteceu!!!! Estou nas nuvens e com uma sensação maravilhosa no coração e na alma.

Meu marido teve um papel FUNDAMENTAL na minha cura. Eu definitivamente não conseguiria sem ele. Ele entendeu exatamente, o papel de um parceiro de uma vagínica! Rsrs E quando mais precisei, ao invés de me oferecer sentimento de decepção e cara feia me ofereceu amor! (Queridos Parceiros, espero que vocês entendam que tudo que uma vagínica precisa nessa fase, PASSAGEIRA, é paciência e amor! :])

Sei que nem todo parceiro é assim! Mas nós precisam entender o lado deles também! Isso fere a masculinidade do homem, quando ele não entende qual é o problema! Por isso se faz tão importante a conscientização de ambos: você e ele! Para que juntos superem e vençam!

Acho que escrevi demais e mesmo assim não foi tudo! Kkkk... Meninas, quero incentivar vocês a comprarem os dilatadores (SALVADORES!), e a principalmente nunca desistirem!!! Resolvi criar um blog também, fiquem à vontade para me fazer perguntas!! Lá eu conto sobre a experiência mais detalhada com os dilatadores e o que mais quiserem saber.
Torço para que cada uma encontre a cura e tenho certeza que ela chegará! Grande beijoooo!

Dri :]

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sugestões


Boa noite, queridas, como anda o processo rumo à cura? Espero que todas vocês estejam cada vez mais próximas dela.

O ideia do post de hoje surgiu esta tarde quando estava respondendo ao e-mail de uma amiga leitora. Tenho a sensação que não tenho vivido coisas que sirvam para ajudá-las, por isso as últimas postagens têm sido as histórias e relatos de mulheres que assim como você e eu sofreram ou sofrem com o vaginismo. E estas tenho certeza que lhe são bastante úteis e motivadoras. Fico muito feliz de receber e postar cada vitória. 

Nos últimos dias algumas amigas, que acompanham o blog desde o comecinho, me enviaram e-mails dizendo que estavam com saudades de novos posts. Também sinto saudades do tempo em que escrevia posts semanais, contando toda a minha trajetória e cada passo do meu tratamento, mas graças a Deus, hoje me encontro curada, por isso os posts foram diminuindo. Acredito que o que vivo atualmente não lhes acrescentaria em nada para o alcance da cura.

A vida pós vaginismo é excepcional, sexo realmente é maravilhoso e prazeroso. Dor??? Não mais, esta palavra não existe mais no meu "vocabulário sexual"  e em breve também não fará parte do seu!

É por isso que estou abrindo este espaço para que você, caso tenha algumas sugestão de tema para novos postes, fique à vontade para contribuir com meu querido blog. Pode mandar sua(s) sugestão(ões) por e-mail ou deixar aqui nos comentários.

Pode ser uma sugestão de tema, uma dúvida relacionada ao tratamento, algo que possa ter passado despercebido por mim e ainda não tenha sido falado aqui. 

Aguardo as sugestões de vocês, ok?!

Beijos e até a próxima.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Eu Venci - A História da Patrícia

Vocês não têm ideia de quão feliz fico ao abrir meu e-mail e ler relatos de cura, e hoje estou duplamente feliz, recebi duas histórias lindas e de sucesso. É gratificante perceber que a cada dia mais e mais mulheres encontram suas curas. Vaginismo tem cura, gente, e aqui está mais uma prova de final feliz!

Parabéns, Patrícia, felicidades sempre pra você. 

Escrevi um texto sobre minha trajetória e ficaria muito feliz se você o publicasse no blog. Pois foi através de textos como este que me senti muito mais encorajada e confiante.

Desde nosso último contato tive me mantido focada na prática dos exercícios até que pude finalmente encontrar a tão esperada cura. Digo cura pois acredito que o pior já foi superado e o próximo passo é uma jornada de auto-conhecimento e infindável superação.

Gostaria muito de poder compartilhar algumas fases e observações do tratamento que acredito serem extremamente relevantes para todas aquelas que estão trilhando este mesmo difícil caminho; pois; a minha cura se iniciou através deste blog, onde pude ter acesso à vários esclarecimentos e dicas que nem imagina antes. 
Minha história começa mais ou menos assim:

Tenho 24 anos e tive um namoro de 4 anos que se encerrou, por outras várias razões, motivado sobretudo pelo vaginismo. Hoje, entendo que nunca fui apaixonada por aquela pessoa e por isso nunca me senti impulsionada nem com desejo suficiente de vencer esse problema. No começo nos contentávamos com as preliminares e até com o sexo anal, o que me fez perceber que o meu problema era muito mais físico do que emocional. Sempre fui uma pessoa muito despachada e desencanada a ponto de nenhum dos meus amigos mais próximos desconfiarem deste problema, apenas meu ex compartilhava dessa causa, o que me corroía por dentro de vergonha e inconformidade, pois, se eu conseguia até o sexo anal como não conseguir o vaginal que teoricamente deveria ser muito mais fácil? Procurei ajuda então com uma ginecologista sexóloga, porém, como na maioria dos casos, não obtive sucesso. Ela detectou o vaginismo e disse que precisaria de mais sessões para entender melhor meu caso e iniciar o tratamento, que teria um custo elevadíssimo e inviável para mim naquele momento.

Meu ex tentou de várias formas diferentes me incentivar a perder a virgindade, o que eu valorizo muito, porém como a paixão já havia se desgastado, nada dava certo, até que o relacionamento declinou para o fim. Agora sei que aquela história de que “tudo tem seu tempo e cada uma sabe quando chega sua hora” faz todo o sentido. Esse ano, cansada de viver beirando a depressão e a baixa auto-estima percebi uma intuição muito forte dentro de mim de que a minha hora havia chegado e que não haveria mais tempo para esperar a cura cair do céu. Cheguei à conclusão de que fui capaz de conquistar muitas coisas em minha vida, amigos maravilhosos, um emprego estável e bom, faculdade...enfim, tudo por meu mérito, e que realmente só faltava isso para me sentir completa e finalmente mulher e que desta vez não seria diferente, deveria ser por única e exclusiva dedicação minha.

Comecei a fazer algumas buscas aleatórias na internet e foi quando me deparei com este blog, depois de ter visto depoimentos muitos frios, poucos explicativos e humanos e também algumas histórias tristes e desanimadoras. Aqui foi diferente, encontrei histórias bem parecidas com a minha e com finais felizes, além da Melissa ter sido super simpática e atenciosa quando enviei um e-mail tirando algumas dúvidas sobre o tratamento. Além disso, o blog também disponibilizou informações essenciais que me encorajaram a buscar o tratamento sozinha, como os exercícios de respiração/relaxamento e com os dilatores. Foi onde tudo começou. Como muitas de vocês no começo eu não conseguia inserir nem um absorvente interno quanto mais um dedo, então comecei mesmo com um cotonete e seguindo adiante com os exercícios de respiração e contração que ajudaram muito, muito mesmo! No começo me senti muito perdida, e é por isso que vou colocar mais ou menos um passo a passo das fases que percorri até me sentir 99% curada:

- aceitação do problema e resolução interna para buscar a cura com determinação (essa postura é muito importante durante todo o percurso, pois só com determinação conseguimos vencer os obstáculos e dificuldades que serão muitos) 

- exercícios de toque e cotonete
- dedo indicador
- absorvente interno do menor ao maior tamanho (essa fase toda envolve muita paciência até que o corpo se acostume com os exercícios. Paciência, dedicação, tolerância com seus limites e persistência são essenciais para o sucesso de todas as etapas)
- vibradores de tamanhos menores (tive uma certa resistência em comprar o kit de dilatores porém com o tempo acabei comprando e descobri que foi o melhor investimento no tratamento que eu fiz! Pois os dilatores são anatômicos, a textura favorece muito e os tamanhos são gradativos o que faz com que você veja a evolução dos exercícios).
- já comecei no quarto dilator, que até então estava bem tranquilo, porém ao chegar no último senti muita dificuldade. E é realmente a fase mais difícil, pelo que li nos depoimentos. É nessa hora que precisamos renovar nosso foco e persistência, acreditar sempre que será possível atingir seu objetivo e buscar uma vida plena. Com muita determinação, disciplina (pois os exercícios devem ser diários) e persistência foi possível transpassar essa fase e conseguir ter uma relação sexual com penetração completa e prazer.

Além disso, sempre usei muito lubrificante e também aqueles com propriedades anestésicas, são ótimos no começo até você se acostumar.

Lembro sempre que não devemos desanimar perante alguma dificuldade ou pela demora em conseguir resultados positivos. Cada um possui o seu tempo próprio entre o auto-conhecimento e fortalecimento da coragem até a cura, e este deve ser respeitado. O que não podemos é achar que esta é uma doença impossível de ser curada e tratada, o que não é verdade, vemos aqui diversos casos de sucesso, e até há 2 meses atrás eu mesma achei que seria muito mais difícil chegar até onde estou. E hoje sou extremamente feliz e grata por ter conseguido esse resultado em um tempo muito menor do que eu imaginei e sem a ajuda direta de nenhum profissional da saúde, ou seja, por mérito maior de minha dedicação à cura e por nunca desistir de buscar a felicidade. Nas horas de desanimo, eu sempre mantinha minha mente no foco e vinha até o blog buscar histórias de mulheres que se sentiam realizadas e que haviam passado pelas mesmas dificuldades que eu estava passando, me incentivando sempre a perseverar.

Espero ter ajudado alguém a iniciar o tratamento ou dar continuidade neste, terei o maior prazer em ajuda-las, tirar dúvidas ou simplesmente desabafar.

O poder todo está dentro de nós, pois, a FÉ NA VITÓRIA TEM QUE SER INABALÁVEL!

Muito obrigada pela oportunidade, felicidades sempre!

Beijos,
Patricia

Eu Venci - A História da Renata

Olá, queridas! Hoje vou compartilhar com vocês a história da Renata, ela passou a sua adolescência e juventude tentando ter relações sexuais, mas não obteve sucesso. Hoje ela está casada e passou quase 1 ano tentando sem sucesso. 

E hoje recebi essa notícia maravilhosa de que ela está CURADA! 

Parabéns, Renata, é um prazer compartilhar a sua vitória.

Melissa, Boa tarde!

Em setembro do ano passado entrei em contato com você para falar sobre minha situação e tirar algumas dúvidas quanto ao seu tratamento do vaginismo. 

Conforme orientação no seu blog, comprei os dilatadores e comecei a fazer os exercícios de relaxamento e de penetração dos mesmos. Foi bastante difícil no início e a cada mudança de dilatador vinha junto uma nova ansiedade. 

Hoje estou escrevendo para dizer que estou curada para a glória de Deus. Há duas semanas estou tendo relações com meu esposo e já não sinto dor alguma. 

Como disse para você tinha este problema desde sempre e isso gerou muita frustração e prejudicou demais minha auto-estima. Mas de uma forma surpreendente a minha cura aconteceu de forma muito rápida e isso eu sei que veio das mãos de Deus. 

Enfim.. estou escrevendo para agradecer por sua iniciativa em escrever o blog, pois me ajudou e com certeza tem ajudado outras pessoas. Não sei ainda te dizer ao certo o que aprendi com isso tudo, mas hoje tenho uma convicção que não tinha antes: o gigante é apenas um gigante. Com fé em Deus nós podemos vencer muitos gigantes. 

Agradeço mais uma vez, se quiser postar esta mensagem no seu blog pode ficar a vontade, ficarei muito feliz! 

Deus abençoe!!