sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Orgasmo Vaginal


Bom dia, flores do meu jardim! Hoje o dia amanheceu ainda mais lindo e pelo título deste post vocês já devem imaginar o motivo. Bem, já comentei com vocês sobre minha dificuldade de sentir prazer com a penetração, e por esse motivo ainda não conseguia me sentir totalmente curada, pois sempre tive certeza que esta limitação era ainda um resquício do vaginismo em mim.

Desde o começo deste ano, penetração já não é mais um problema para nós. Sexo com penetração é uma realidade na nossa relação, graças a Deus! E olha que passei por momentos em que achei que isso jamais seria possível. É mais simples do que se imagina, acreditem!

Após vencer a barreira de ser penetrada, iniciou-se um novo desafio na minha vida sexual, eu não conseguia sentir prazer algum com a penetração. Acho que eu ficava tão preocupada em relaxar, em ser penetrada, em não sentir dor... que não conseguia focar no meu prazer. Tudo acontecia super bem, as preliminares eram ótimas, eu ficava super excitada (não tenho problemas com minha libido), mas, na maioria das vezes, bastava ser penetrada que o tesão sumia.  

Mais uma vez a psico e eu  tivemos a certeza de que o meu caso era mais psicológico que físico. Minha parte física parecia já está resolvida, mas ainda precisávamos continuar cuidando do meu psicológico. É por isso que sempre digo a vocês que o tratamento com a psico é tão importante quanto com  a fisio, é um tratamento interdisciplinar que envolve ginecologista, fisioterapeuta e psicóloga, com eles a cura é certa.

Sempre experimentei orgasmos clitorianos, que também são maravilhosos, mas queria sentir o vaginal também, e ontem fui agraciada com ele :) Foi tudo tão natural, que quando aconteceu, eu mal acreditei que fosse mesmo verdade. É tão bom quanto o clitoriano, mas pra mim foi mais gratificante. Eu amei, o marido amou e parece ter ficado ainda mais satisfeito que eu. rs... 

A felicidade é tanta que nem cabe em mim, hoje acordei ainda mais apaixonada e agradecida ao marido por todo amor e paciência que ele teve ao logo desses anos.

E vocês, o que me dizem sobre o tão polêmico, orgasmo feminino?

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Eu Venci - A História da Valéria

Fico muito feliz de compartilhar mais uma história de cura com vocês. Conheci a Valéria aqui no blog, trocamos vários e-mails e nos identificamos bastante. Hoje ela está curada e nos mandou sua história no intuito de motivar ainda mais cada uma de nós :) Parabéns, querida!!!

Meu nome é Valéria, tenho 24 anos e, há pouco tempo, consegui vencer o vaginismo.

Cresci num lar evangélico e em uma família maravilhosa. Via em meus pais o modelo de uma vida a dois muito boa, eles são um exemplo pra mim, me ensinaram a ser a mulher que sou hoje e, como toda mulher, eu sonhava em encontrar alguém especial, me casar e formar uma família.

Deus me abençoou, colocou em minha vida um homem bom, honesto e que me ama como sou.
Começamos a namorar e a nos conhecermos. Desde o inicio, contei a ele sobre o meu desejo de me casar virgem e ele respeitou minha vontade!

Demorou alguns anos até nos casarmos, e em 2013 isso logo aconteceu. Viajamos em lua-de-mel, e o lugar era lindo e estava tudo perfeito. A noite tão esperada por nós havia finalmente chegado, mas não foi como imaginei... As tentativas de penetração foram frustradas naquela noite. Eu pensei que poderia ser por causa da ansiedade e do nervosismo da minha primeira vez. 

Quanto mais tentávamos, mais dor e desconforto eu sentia. Voltamos para casa sem consumar o casamento.

Passaram-se dois meses sem sucesso! Fui ficando cada vez mais preocupada, e me perguntava por que isso estava acontecendo comigo. Resolvi ir ao ginecologista e ele, ao me examinar, disse que o que eu tinha era : VAGINISMO. Na verdade tive sorte de encontrar um médico que tinha conhecimento do assunto, pois existem muitos por ai que desconhecem.

Meu marido e eu continuávamos a tentar e acabava quase sempre em lágrimas e tristeza. Sentia-me cada vez mais diminuída e incapaz de completar o meu casamento, logo com o meu esposo que tanto me esperou! Foi muito difícil, mas sempre pude contar com o apoio dele, que nunca me pressionava e somente me apoiava.

Em casa, procurava por informações sobre o tratamento em blogs e sites e o que eu poderia fazer pra vencer essa dificuldade. Lembro de ter lido em algum lugar sobre a fisioterapia e como ela poderia ajudar em casos como esse, também fiz terapia. 
Procurei muuuito, até que encontrei uma boa profissional. Cheguei ao consultório dela, conversamos bastante, e logo iniciei meu tratamento de fisioterapia, que inclusive, não era na minha cidade, tinha que pegar estrada para poder me tratar!

Sempre seguia as orientações dadas por ela, fazia meus exercícios em casa, me esforcei muito! Usei os dilatadores que tambem contribuiram,para que eu tivesse mais confiança.

E então

Com cerca de 10 sessões e com quase 1ano de casados, conseguimos ter a nossa primeira relação completa com penetração.

Nem preciso dizer o quanto ficamos felizes, e que nem eu acreditei no que estava acontecendo! Enfim, superamos e hoje temos uma vida feliz e prazerosa, com tudo o que temos direito.

Meninas, Vaginismo tem cura sim,

Continue, perservera e vai conseguir

Não sofra mais e procure ajuda!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Lista de Profissionais

Boa tarde, pessoal! Hoje compartilho esta lista de profissionais que são especialistas no tratamento do vaginismo. A lista foi elaborada no "Grupo de Apoio ao Vaginismo" que temos no Facebook. Nesta, a maioria dos profissionais são fisioterapeutas uroginecolólogicos/pélvicos, temos também alguns ginecologistas e terapeutas. Caso vocês conheçam algum profissional e queira indicar, deixe o contato nos comentários ou envie para meu e-mail, por favor. 

- AMAPÁ

MACAPÁ

Dra. Serlianne Figueiredo Sá [CREFITO-12/68.262-F] Clínica Fisiomax Av. Vereador Orlando Pinto, 2210 - Santa Rita - (96) 3222-5899 / 8801-7256

- AMAZONAS


MANAUS

Dra. Bárbara Tramujas da Costa [CREFITO-12/103.924-F] Instituto de Medicina Integrada de Manaus Rua Afonso Pena, 589 - Centro - (92) 3233-9730 / 3232-3411

Dra. Patrícia Hipólito Lunieres [CREFITO-12/92.353-F ]Consultório de Fisioterapia  
Av. Constantino Nery, 2789 - EificioEmpire Center, Sala 208 - Chapada
(92) 3082-0461 /3656-1972 / 8268-4687 / 9415-1183

Dra. Maria Auxiliadora de Sousa Maciel [CREFITO-12/83.434-F] Physio Life Serviços de Fisioterapia LTDA Rua Teerã, 18 Quadra14, Conj. Campos Eliseos - Planalto
(92) 3084-3234 /3238-5239 / 8194-8352 / 88449896 

BAHIA

SALVADOR



Dra. Maria Luiza Veiga

Fisioterapeuta - CREFITO (61.644-F)
Rua Marechal Floriano, 56 - Canela (ao lado da academia Tony Granjo) -
(71) 3035-4062 / (71)9984-4610
www.marialuizaveiga.com.br

Dra. Patrícia Lordelo
Consultório Av. Anita Garibaldi, 147 - Sala 913 - Ed. Fernando Garibaldi -
(71) 3330-1640

domingo, 19 de outubro de 2014

Eu Venci - A História da Gabi

Sou Gabi, tenho 22 anos. Você pode até me achar muito nova, e realmente pode até ter história de vagínicas muito mais densas do que a minha, mas o vaginismo me trouxe sofrimento durante um tempo considerável, e me demandou muito esforço para superá-lo.

Fui criada por uma família evangélica, e sempre tive orientações muito rígidas em relação ao sexo, o que acredito ter sido a principal causa do vaginismo. Além disso, minha mãe engravidou ainda adolescente, e sempre me falava como uma gravidez e sexo "promíscuo" poderiam arruinar a vida de uma jovem. Para piorar, minha vó veio a falecer devido a uma doença venérea. Acredito que inconscientemente passei a ver o sexo de uma forma ruim, e quando comecei a namorar e ter os primeiros contatos mais íntimos, já me imaginava grávida, doente e debaixo da ponte.

Tive meu primeiro namorado aos 17, e depois de alguns meses de namoro, decidimos ter nossa primeira relação sexual. Como já imaginam, não consegui. E foram uma série de tentativas frustradas durante 1 ano e meio. Éramos adolescente, ansiosos, a maioria dos nossos amigos estavam iniciando a vida sexual e nós também queríamos. Mas o namoro acabou sem que isso ocorresse. Ficava com inveja das minhas amigas contando que perderam a virgindade de uma maneira normal, sem uma dor insuportável. E eu parecia que tinha uma parede no lugar da vagina.

Um tempo depois, conheci outro rapaz e depois de um tempo lá vou toda serelepe tentar de novo e vocês já sabem o que aconteceu. Esse porém logo me rejeitou. Depois de uma tentativa horrorosa ele terminou comigo. Me senti um lixo, e decidi focar na faculdade, no trabalho e ficar só. Saía com uns paquerinhas, mas não passava disso. Tinha medo de levar uma relação adiante e passar vergonha depois.


No ano passado conheci meu atual namorado. No início, fiquei um pouco pé atrás quando começamos a sair, mas me sentia só, queria namorar, ter alguém. Via meus amigos felizes com sua vida, namorando, noivando e eu me sentia anormal. Depois de um tempo ficando, ele me pediu em namoro e no decorrer das coisas, fomos ter nossa primeira relação. Fracasso total! Comecei a achar que algo estava errado e resolvi procurar uma ginecologista. Eu sempre ouvi falar que perder a virgindade doía, mas anos tentando e não conseguindo para mim era demais. Devia ter algo errado.
Depois de uns exames de toque, ultrassons, e tentativa frustrada de transvaginal, ela me diagnosticou com vaginismo, e me falou que os tratamentos existentes eram mais eficazes com uma psicóloga, do que com uma ginecologista. Chegando em casa, comecei a pesquisar sobre vaginismo na internet e bateu o desespero. Li histórias muito tristes de mulheres com anos de casamento não consumados, mulheres em depressão e eu não queria aquilo para mim. Acredito que essas mulheres tiveram os primeiros indícios de seu vaginismo quando eram mais novas, mas não procuraram ajuda por vergonha, repressão, desinformação e eu não queria passar anos e anos assim. Procurei uma sexóloga pelo google mesmo e conheci um verdadeiro anjo na minha vida.

Durante as sessões descobri muito sobre mim e na minha forma de ver a intimidade, que eu não percebia. Ela me orientou a comprar os dilatadores vaginais e eu comprei os da Absoloo, porque achei os importados muito caro. Eu que me achava tão esclarecida, me via nas sessões fazendo perguntas que hoje até uma menina de 15 anos sabe, o que me mostrou como eu era desinformada em relação a sexo, prazer e intimidade.
As sessões realmente pesaram no meu orçamento, mas valeram muito a pena. Ela me orientava como fazer os exercícios, como contar e conversar sobre isso com meu namorado, que sempre foi maravilhoso e me deu todo apoio. 
Tivemos inúmeras tentativas frustradas e eu chorava horrores após cada uma delas. Achava que ele ia transar com a primeira mulher "normal" que encontrasse na rua. Ele nunca me deu motivos para pensar isso, mas eu ficava tão desesperada com o vaginismo, que as vezes não pensava coisa com coisa.

Comecei a fazer os exercícios do espelho e com os dilatadores. Na verdade eu odiava os exercícios porque me faziam dormir tarde, e meus dias eram cansativos. Fui muito negligente, fazia de má vontade, tinha vergonha de pedir para meu namorado fazer comigo. Não cometam esse erro. Se esforcem, sejam disciplinadas com os exercícios. Eles ajudarão vocês a se conhecerem, a controlar a musculatura da região pélvica, e saber como agirem em uma situação de desconforto com a penetração.

Depois de uns 8 meses de exercícios e terapia eu comecei a me sentir um pouco desanimada. Achava que a cura estava demorando muito. Eu e meu namorado resolvemos fazer uma viagem, e voltando de uma festa, resolvemos "tentar". Acho que depois de um tempo só tentávamos para cumprir tabela. Depois de tantas tentativas frustradas, ele já dava algum sinal de desânimo e eu estava me acomodando à situação também. 

Mas dessa vez algo foi diferente, tentamos e conseguimos. Sem dor!!! Foi um pouco desconfortável em alguns momentos, mas nada daquela dor insuportável, tive penetração completa e eu nem acreditava. Depois dessa todas as tentativas foram bem-sucedidas. As vezes sinto uns incômodos, peço para ele parar um pouco antes, mas tenho conseguido fazer sexo e descobrir um prazer que nem sabia que existia.


Meninas, não desistam. A cura é totalmente possível. Existem tratamentos, recursos e profissionais para nos ajudar. Os índices de eficácia dos tratamentos são altíssimas, e todas as mulheres merecem uma vida sexual plena e saudável.
Espero ainda ler muitas histórias de curas nesse blog.
Grande abraço.
Gabi.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Quando o Corpo da Mulher diz Não ao Sexo

Bom dia, queridas! Como anda a caminhada rumo à cura? Espero, de coração, que estejam cada dia mais próximas a ela. E se hoje não está sendo um bom dia, não se desespere, a caminhada rumo à cura tem seus altos e baixos, mas posso lhe garantir que tudo tende a melhorar. Simplesmente não desista, não pare de lutar e não pare de crer!

Estou aqui para compartilhar com vocês o Livro: Quando O Corpo da Mulher diz Não ao Sexo, de Linda Valins. Linda conta sua própria história de luta para superar o vaginismo e algumas técnicas para alcançar a cura, além disso conta histórias de outras mulheres também, o que é muito interessante, pois cada mulher é singular e individual. Talvez você não se identifique com a história da autora, mas se identifique com alguma das muitas outras relatadas no livro.


O livro foi de extrema importância para mim, pude conhecer e compreender melhor sobre o tema. Ele é bem antigo, não se encontra mais para vendas nas livrarias, talvez em sebos, mas não é fácil encontrá-lo. Já o enviei várias vezes por e-mail, mas ainda não tinha pensado em colocá-lo aqui, decidi compartilhar no blog para facilitar o acesso de todos.

Para realizar o download basta clicar sobre o título do livro que está em vermelho, ok?! O arquivo está em PDF e tem 288 páginas, pode ser que demore um pouquinho para que o download seja concluído, tudo vai depender da velocidade da sua internet. Caso queira baixá-lo no tablet ou smartphone, é necessário baixar o aplicativo do 4shared.

A leitura é ótima e vale muito a pena, principalmente para quem recebeu o diagnóstico a pouco tempo e quer se informar e compreender mais sobre o vaginismo. 

Espero que ele seja tão útil para vocês o quanto foi para mim. :)

Até mais,
Melissa.

sábado, 20 de setembro de 2014

1° Ano do Blog




Bom dia, gente linda, hoje o blog faz 1 ano e não paro de me questionar se é motivo de comemoração ou não, afinal ele só existe por um motivo, o vaginismo! Mas apesar de tudo, acredito que sim, é motivo de comemoração, foi aqui que eu chorei, desabafei, me redescobri, conheci pessoas maravilhas e muitas delas levarei comigo pelo resto da vida, dei conselhos, fui aconselhada... e por aí vai.

Tenho certeza que aqui muitas mulheres já buscaram forças para continuar e conseguiram, assim como eu consigo todos os dias. Algumas desabafam, outras passam por aqui caladinhas. Mas só de saber que este blog já alcançou alguém e lhe devolveu a esperança perdida, a dúvida passa e me vem a certeza, sim é motivo de comemoração!!!

Parabéns pra mim, parabéns pra você que não desiste da sua cura e que a persegue com todas as forças e todos os dias.

Grande abraço,
Melissa.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Eu Venci - A História da Quézia

Mais uma história de coragem e superação. Tenho uma felicidade imensa de ter este espaço para divulgar histórias tão lindas e de mulheres tão fortes.
Se você já se curou, nos envie seu depoimento, sua história... ela pode ajudar muitas mulheres.

Olá Melissa li alguns relatos de pessoas em vários blogs, sempre acompanho eles e vou deixar minha história pra vocês.Meninas não desistam vaginismo tem cura sim! 
Tenho 26 anos, sou casada a 4 anos e meio e tivemos um namoro de 3 anos, sempre fui criada em uma família meio conservadora e sempre quis esperar até meu casamento para manter relações sexuais, meu marido concordou e assim foi. Claro que no namoro quase tivemos relações muitas vezes, mas na hora H eu travava e queria esperar, me imaginava grávida e não queria dar um desgosto desses aos meus pais, então eu me segurava.

Meu marido sempre me apoiava, estava começando a carreira não queríamos estragar tudo. Nos casamos após 3 anos  de namoro. Na nossa lua de mel já não tivemos sucesso, e depois de inúmeras tentativas nada acontecia, sempre que ele tentava me penetrar eu travava e isso durou longos 3 anos e meio. Eu tinha muita vergonha de contar a alguém ou ir ao médico, pensava que iriam rir de mim, então nós dois sozinhos tentávamos resolver. Fomos à sex shop, compramos lingeries, fomos a motéis,  e assim nos descobríamos a cada dia, fazíamos sexo oral, mas na hora H eu sempre travava e isso acabava com a gente. 

Meu esposo, sempre paciente, tentava me acalmar, mas às vezes ele também se irritava, então comecei a ver que precisava de ajuda, então fomos a um ginecologista bastante conceituado, ele me atendeu e não não nos ajudou em nada, não sabia sobre nada, só me mandava relaxar. E eu pensava, relaxar mais?? Ele conversou com meu esposo e me encaminhou a uma psicóloga.

E lá fomos nós! Fui a muitas sessões que não me ajudaram em nada, até que falei sobre vaginismo com ela e ela me indicou uma fisioterapeuta da região pélvica, que por sinal era uma nota, muito cara. 

Completei 4 anos de casada e pensei agora vai! Em alguns blogs li sobre os dilatadores então resolvi comprar, abandonei a psicóloga e comecei a me exercitar sozinha, comprei os da absoloo, achei os importados muito caros, comprei em um sex shop online, eles chegaram e lá fui eu! 
Muito lubrificante e coloquei o primeiro super fácil, ele é pequeno, então foi sem problema. E dai fui passando para os outros, ao todo são 5 dilatadores do pequeno ao mega grande. 

Foram 3 meses de exercícios todos os dias, a cada vitória me sentia mais perto do meu objetivo, tive momentos de desânimo, mas meu esposo me ajudava, as vezes doía um pouco, ardia... até que consegui por os dois últimos e maiores, tive desconfortos, mas fui com calma. Eu pensava, é agora ou nunca e o nunca era demais pra mim, então fuiii firme e forte. Há duas semanas tentei com meu esposo e conseguimos sem dor, senti apenas desconforto. Hoje temos relação normal sem dor ou desconforto!!! 

Penso que deveria  ter usado os dilatadores antes, eles foram meu caminho pra cura, hoje agradeço a Deus por me dar forças, ao meu esposo que esteve do meu lado e aos blogs que sempre me informaram histórias de superação que me deram forças pra seguir !!!
Meninas não desistam que tem cura sim, sejam fortes e deem o máximo de vocês, pois a cura vem através do nosso esforço.

 Deus abençõe vocês!! :-) Bejim Quézia

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O Blog na Mídia

Oi, pessoal, hoje o post será breve, vim para compartilhar com vocês a matéria que saiu no site Tempo de Mulher.

O site Tempo de Mulher/MSN escreveu uma matéria sobre o vaginismo e fui procurada para falar um pouco a respeito. A matéria foi publicada na semana passada, lá fala um pouco sobre mim e do blog.

Há uns 3 anos atrás, pouco encontrávamos sobre o tema "vaginismo", o máximo eram poucas matérias na internet que falavam bem vagamente a respeito.
O que tínhamos de mais rico eram os blogs, estes sim sempre foram as nossas melhores ferramentas e é por isso que eu amo os blogs!!!
Lembro que nem os dilatadores vaginais encontrávamos em sites brasileiros, hoje é possível encontrá-los em inúmeros sites.

Mas enfim, as coisas mudaram. Nos dias atuais com uma simples pesquisa é possível encontrar vários artigos na internet sobre o tema. Temos ginecologistas, psicoterapeutas, fisioterapeutas e muitos outros profissionais que se interessam pelo assunto e escrevem para ajudar a quem precisa. E foi por isso que, sem pensar duas vezes, decidi ir além do blog. Foi uma oportunidade de divulgar ainda mais o tema. Quem sabe um dia outras meninas não precisarão passar pelo que passei simplesmente por não ter informação.

E você, já leu a matéria? Se sim, o que achou? Se não, venha ler! É só clicar aqui na imagem.

Até breve!

sábado, 30 de agosto de 2014

Novo Ginecologista e Exames Ginecológicos

Olá pessoas queridas, hoje vou contar pra vocês sobre a minha primeira consulta com meu novo ginecologista.

Tudo novo, pra começar eu nunca tinha tido um ginecologista do sexo masculino, sempre tive vergonha por isso optava pelas mulheres. E o que me fez mudar de ideia? O simples fato de que minha gineco preferida, mais maravilhosa de todas não atende mais meus convênios :(

Há alguns meses comecei uma saga à procura de uma ginecologista, porém em todos os lugares que eu ligava só teriam vagas com o tempo mínimo de 2 meses, além de eu achar isso um tremendo absurdo, não estava disposta a esperar tanto tempo. Fui aí que em uma das clínicas tinham vaga na mesma semana, e eu sem titubear, pedi que marcassem, e foi aí que descobri que era um médico e não uma médica. Confirmei a marcação da consulta, mas achava que mo dia D eu não teria coragem de comparecer. Eis que o grande dia chegou e estou aqui para lhes contar como foi.

Como eu estava muito ansiosa, cheguei 45 minutos antes do previsto e só fui atendida 2:15h depois do planejado. Já não bastava eu ter de superar várias coisas para estar ali, ainda tive de passar por mais essa, a vontade de ir embora era grande, mas eu sabia que não era só pela demora que eu não queria estar ali.

Passada as quase 3 longas horas de espera, enfim fui chamada para conhecer o meu mais novo médico. Nos apresentamos e começos a conversar, contei a ele a longa história do vaginismo (me senti mais à vontade que das outras vezes, apesar desta ser uma das partes que mais odeio, foi mais tranquilo do que nunca, de tanto contar, devo ter me acostumado) conversamos bastante, ele foi super atencioso comigo, me parabenizou por todas as vitórias já alcançadas... (descobri porque ele me fez esperar tanto, é porque ele é daqueles médicos que ouvem o paciente e isto não é nenhum defeito, por isso eu o perdoei hahaha...). Graças a Deus ele não era mais um daqueles que não sabia do que se tratava o vaginismo. Ele quis saber o que eu já tinha feito até aqui e como eu me encontrava hoje, contei a ele sobre a terapia, sobre a fisio e sobre o quanto eu já avancei. 

Então partirmos para a parte que eu mais temia, sim eu temi, apesar de já ter feito os exames outras vezes sempre os fiz com minha antiga médica, já tínhamos atingido um nível de confiança e intimidade que tornava tudo mais fácil.
Me troquei, deitei naquela cama tão temida por nós, pedi a ele um tempinho para fazer alguns exercícios de respiração e relaxamento (que deram muito certo, por isso eu sempre os aconselho),e lá fomos nós realizar o papanicolau, foi incômodo assim como é para toda mulher, sendo ela vagínica ou não, podem perguntar para qualquer uma. Ocorreu sem traumas, sem dores e foi rapidinho. Acabado o papanicolau vocês pensam que acabou? Não, não acabou! Fizemos uma transvaginal; essa é bem mais tranquila, incomoda bem menos e também é bastante rápida. Através dela foi possível ver que ainda tenho SOP, infelizmente, mas nada que o tratamento não resolva.

Após os exames ele me parabenizou por ter conseguido realizá-los sem problemas. Ele é super humano, quem nos dera encontrar vários destes por aí, não é?!

Bem, era isso que eu queria compartilhar com vocês, vocês mais do que ninguém sabem o que significa para nós um novo ginecologista e a realização destes exames.
E para aquelas que ainda não realizaram nenhum deles, não se sintam diminuídas por isso, sua hora vai chegar, acreditem nisso.

Grande Abraço.
Melissa

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Contar ou não contar?

O vaginismo é um assunto tão sigiloso, que dentre muitos sentimentos que ele nos faz sentir um é a solidão e o outro é a vergonha, e os dois estão diretamente ligados. Temos vergonha de falar sobre o nosso problema, na maioria das vezes, apenas o marido, namorado, companheiro... sabem o que estamos enfrentando. Mas nem sempre eles são suficientes, temos até mesmo a impressão de que eles não entenderam realmente o que se passa conosco, por mais que eles se esforcem, nos ajudem, apoiem. Parece que chega aquele momento em que precisamos desabafar com uma amiga, seja ela uma amiga de infância, irmã, prima, mãe.

E aí, contar ou não contar? Eu contei!

Já faz algum tempo que venho sentindo a necessidade de contar para alguém próximo sobre o vaginismo. Não sei bem o porquê de tal necessidade já que há muito tempo não me sinto mais sozinha, tenho o blog, minhas leitoras que amo, me correspondo com algumas delas quase que diariamente, encontro a minha querida psico semanalmente e por fim, mas não menos importante, meu amado maridinho.
Ainda assim a necessidade persistia. Conversei com a psico para tentarmos entender o que se passava e ela me aconselhou a fazer o que achasse melhor., pois o que parecia era que eu estava sentindo a necessidade de ter um apoio que me parecesse mais familiar e feminino.

Semanas atrás, estava conversando com uma prima/irmã/amiga e achei que aquele era o momento certo, estávamos falando sobre a falta de lubrificação que tanto a incomoda e foi a deixa para que eu me abrisse com ela. Foi como o esperado, assim como a maioria das pessoas, ela nunca tinha ouvido a palavra "vaginismo" e não achava ser possível alguém ter um problema como este. Mas o mais importante foi o fato de ela não ter me olhado como se eu fosse um E.T. e a maneira como me senti com a revelação. Ela ainda me confidenciou que logo depois de dar à luz a seu primeiro filho, passou por problemas semelhantes, foram quase 6 meses sem conseguir penetração, e quando procurou sua médica adivinhem o que ela lhe disse? Isso mesmo, que era só relaxar que logo tudo voltaria ao normal. Com sorte tudo voltou ao seu devido lugar, mas penso que ela teve um caso de vaginismo secundário que se resolveu com mais facilidade. Que bom, ela teve sorte! Mesmo sem saber do que se tratava, ela decidiu fazer algo e começou a inserir o dedo e massagear a vagina internamente, e a fazer movimentos como se fosse alargá-la com os dedos, e deu super certo!

E sabem como eu me senti depois de ter me aberto? Feliz, feliz, feliz demais!!! Me fez tão bem quanto a primeira sessão com minha psico, meu primeiro post no blog, minha primeira sessão de fisioterapia... Não tive medo, nem vergonha, não me senti menor, nem menos mulher, muito pelo contrário, minha sensação era de liberdade plena, era como se eu tivesse tirado uma tonelada das minhas costas. :))

E vocês, o que acham, contar ou não contar?

Se alguma de vocês têm a mesma necessidade, aconselho procurar alguém da sua confiança, talvez isso também faça parte do processo de libertação total.
Espero que tenham uma experiência tão satisfatória e libertadora quanto a minha.

Abraços,
Melissa.


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Eu Venci - A História da Lola

Olá meninas, publico hoje mais um relato de cura para nos inspirar e nos incentivar a nunca desistir!
A Lola era apenas mais uma de nós como muitas que existem por aí, mas ela não se entregou, ela lutou e venceu. Tenho certeza que ainda vou publicar muitas histórias como esta por aqui e a sua pode ser a próxima.


Oi Melissa, gostaria de compartilhar minha história, que talvez possa incentivar outras pessoas. Seu blog é incrível, me ajudou bastante! 

Sempre fui uma garota muito tímida que não conversava muito sobre sexo, talvez isso tenha influenciado em tudo que passei. Bom, tenho 23 anos e 2 e meio de casada, eu e meu marido nos casamos virgens e ai dá pra imaginar o que aconteceu na lua de mel...foi um desastre!! Eu sentia muita dor, tremia, chorava a cada tentativa e não conseguia entender o que estava acontecendo comigo, nunca pensei que isso poderia ser uma doença, achava que eu era a única pessoa no mundo que não conseguia fazer sexo. Foram tempos horríveis, mas graças a Deus meu marido sempre foi muito compreensivo e carinhoso comigo, quando eu me desesperava ele me consolava dizendo que tudo daria certo e que Deus nos ajudaria a passar por aquilo, mas eu me sentia culpada por não cuidar dele do jeito que queria e pra completar sempre tive o sonho de ser mãe, porém esse sonho estava ficando cada vez mais distante pra mim.

Passaram-se dois anos de casamento e eu na mesma, cada tentativa frustrada me desanimava mais, tanto que eu fugia do meu marido se ele tentasse me tocar, não porque não queria, mas pelo medo de tudo dar errado de novo. Além disso eu ainda tinha que aguentar minha família perguntando quando teríamos um bebê, eu sabia que não era por mal já que eles nunca ficaram sabendo nada que passamos, só que cada vez que isso acontecia eu ficava arrasada porque eu queria muito engravidar, mas como? Era impossível! Eu sempre dava a desculpa de terminar minha faculdade antes, já que estou no último ano.

Foi num dia depois de uma dessas tentativas desastrosas que resolvi pesquisar na internet pela primeira vez sobre meu caso e pra minha surpresa descobri que muitas mulheres estavam na mesma situação, li relatos que eram idênticos à minha história, então tive certeza que tinha vaginismo, senti muito medo e ao mesmo tempo alivio por não ser a única. Fiquei animada já que essa doença tinha cura e fui logo contar para o meu marido que também ficou feliz, tudo isso no inicio desse ano de 2014, que eu sabia que seria diferente. Surgiu uma esperança nova em mim. Após pesquisar bastante e descobrir que tinham alguns tratamentos falei com meu marido pra gente ir ver uma ajuda profissional, mas ele não queria de forma alguma, acho que por vergonha não sei, então insisti pra ele pelo menos comprar os dilatadores para que eu pudesse fazer os exercícios, mas ele achava que não adiantaria nada... Comecei a ficar triste novamente já que não podia fazer nada, ele não queria contar nossa intimidade pra ninguém e eu até entendo isso, mas não queria seguir naquela situação. 

Foi até que um dia desses pesquisando em um blog achei a história de uma pessoa que o marido também não queria o tratamento e eles conseguiram a cura através das tentativas, mas de forma diferente, o marido dela prometeu não forçar a penetração e sim colocar somente até onde ela aguentasse, eles simplesmente namoravam sem se preocupar se conseguiriam ou não, e foi assim que eu e meu esposo começamos a tentar, e com o passar do tempo eu comecei a confiar nele e não ficava tão tensa como antes e cada dia eu sentia que estávamos progredindo um pouquinho, quando eu sentia doer ele se afastava de mim. Passaram-se cinco meses, mas tenho que confessar que não tentamos todos os dias, pois apesar de estar melhorando eu ainda me sentia triste, no mês de maio eu tinha acabado de fazer meus trabalhos da faculdade e por isso estava bem distraída e sem pensar no assunto, foi num domingo que acordei e meu marido disse que queria tentar, eu concordei, mas sem imaginar que seria o dia da minha cura, começamos a namorar, rindo e brincando um com o outro e de repente nós conseguimos do nada!! Houve a penetração completa e eu não senti nada de dor, nadinha mesmo. Começamos a rir sem parar e eu pensei será?? Isso é verdade??No decorrer do dia eu fiquei ansiosa pra anoitecer e tentamos novamente, porque na minha cabeça aquilo não tinha acontecido, parecia um sonho. Na noite daquele mesmo dia, uma semana depois do meu aniversário, nós conseguimos novamente, foi um presente de Deus pra mim e meu esposo, tenho certeza. Até hoje estamos muito bem, aprendemos algumas posições que não me causam desconforto e agora vai fazer dois meses que deixei de ser vagínica e passei a ser uma tentante à espera do meu primeiro positivo. Estou muito feliz e meu esposo também, meu casamento está mais maravilhoso do que nunca...E eu tenho mais é que agradecer a Deus por Ele ter chegado na hora certa. 

E pra quem ainda não foi curada meu conselho é que nunca desista, tente não se preocupar tanto, distraia um pouco, namore muito e continue o tratamento que estiver fazendo, seja da forma que for. Eu sei que cada caso é diferente mas acredite que tudo vai dar certo e que no final, quando estiver curada, nem vai lembrar que um dia sofreu tanto!! Deus abençoe a todas!! Beijos


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Exercícios com os Dilatadores Vaginais

Recebo vários e-mails pedindo ajuda e dicas para a realizar os exercícios que ajudam a combater o vaginismo. Vou tentar passar para vocês tudo o que aprendi ao longo desse tempo.
É importante ressaltar que o acompanhamento de um profissional de fisioterapia tornou tudo mais eficaz para mim.

Então vamos lá.

Exercício do Espelho

Um dos maiores problemas que nós vagínicas temos é o de não nos conhecermos, não conhecermos a anatomia do nosso próprio corpo. Olhar figuras na internet ajuda, mas nada é mais eficaz do que olharmos a nós mesmas sem preconceito algum.
O exercício do espelho nada mais é que você começar a se analisar diante dele. Pode ser deitada, agachada, sentada... Agachada é mais fácil e dá pra ver melhor; coloque o espelho no chão, agache-se e com as pernas bem abertas contraia e relaxe os músculos da vagina, você verá a diferença de quando ela está relaxada e quando não está

Alongamento Corporal

Alongamento? isso mesmo, você não leu errado. Uma das primeiras coisas que fazia na fisioterapia era alongar. No começo eu achava uma grande bobagem, mas ao longo dos dias comprovei sua eficácia. Ele é muito útil e prepara nosso corpo para o relaxamento.


Relaxamento

Após ter se alongado, tome um banho, procure um ambiente tranquilo, silencioso, apague as luzes, deite-se, feche os olhos e tente relaxar o máximo que for capaz. Se preferir, coloque uma música relaxante, sempre ajuda. Respire bem fundo pelo nariz e solte lentamente pela boca, faça isso pelo menos umas 10 vezes.

Quando sentir que já está bem relaxada siga para o próximo passo.

Contração e Relaxamento dos Músculos

Este é outro exercício que parece que não nos levará a lugar algum, mas não se deixe enganar, ele ajuda e muito a adquirirmos controle sobre os músculos.

Os fisioterapeutas indicam que façamos este exercício com todos os músculos possíveis. Testa, mãos, pés, barriga... Caso você tenha tempo, faça! Eu só fazia com os músculos da barriga, vagina e ânus.
É o seguinte: Primeiro barriga, contraia a barriga e conte até 10 e solte, repita 5 vezes. Após esta série, contraia e relaxe rapidamente.
Faça o mesmo com os músculos da vagina, contraia,  conte até 10 e solte, repita 5 vezes. Logo depois, contraia e relaxe rapidamente por alguns segundos, mais ou menos uns 30 segundos.
Faça o mesmo com os músculos anais.

Massagem Perineal

Lubrifique o dedo indicador e massageie a vagina por fora, massageia a região da coxa que fica bem próxima da vagina, massageie os grandes lábios, os pequenos lábios.
Após massagear toda a região de fora, tente penetrar o dedo, não precisa ser muito fundo, a ideia é massagear a entrada da vagina.
Caso tenha medo que as unhas possam te machucar, use luvas. 

Dilatadores Vaginais

Vale ressaltar que não precisa ser necessariamente o kit de dilatadores, você pode montar seu próprio kit. A dica que sempre dou pra quem não tem os dilatadores é que comece com os absorventes internos. Comece com o mini e vá avançando para o maior, quando já estiver vencido os absorventes internos, compre próteses penianas de tamanhos e espessuras variadas.
Tenha sempre um lubrificante vaginal à base de água, ele vai ajudar bastante.

Após ter feito todos os exercícios anteriores, pegue seu kit e o lubrificante vaginal, e mãos à obra.
Escolha a melhor posição para você, eu prefiro fazer sentada, mas dá pra ser deitada, de pé, agachada.
Abra bem as pernas, lubrifique bem a entrada da vagina e a ponta do menor dilatador. Respire fundo, coloque o dilatador na entrada da vagina e faça uma leve pressão para dentro, vá empurrando bem lentamente até que ele tenha entrado por completo.
Não tire ainda, mova-o para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo, gire-o em 360 graus, faça movimentos de vai-e-vem simulando o ato sexual. Caso sinta uma leve ardência, não se preocupe, a ardência é normal, pois a vagina não está acostumada a ter algo dentro. Se a ardência incomodar muito, use mais lubrificante.
Quando estiver se sentindo segura e mais relaxada, passe para o próximo dilatador e repita o que foi feito com o primeiro e assim sucessivamente. Isso não quer dizer que você vá conseguir tudo no primeiro dia.
O tempo que vai levar para você vencer todos os dilatadores varia de mulher para mulher,  mas a tendência é que vá ficando cada vez mais fácil. O importante é não desistir!

Quando você já estiver conseguindo realizar os exercícios com o maior dilatador com mais tranquilidade, sem incômodo... já será a hora de tentar penetração com o pênis de verdade.
Vai dá tudo certo, pode ter certeza!

Dicas

No outro dia comece novamente pelo menor dilatador, ele "abrirá as portas" para os demais.
Não fique forçando, existem dias que as coisas não irão fluir tão bem, aceite. Mas no outro dia não se sinta desanimada por causa do dia anterior.
Tente fazer os exercícios todos os dias, ou pelo menos um dia sim e outro não, quanto menor o intervalo entre os exercícios, mais fácil vai ficando.
Masturbe-se! É isso mesmo, a masturbação nos ajuda a relaxar. Ela também serve para que os exercícios não fiquem tão massantes e sim bastante prazerosos.
Não é aconselhável ficar tentando penetração com o parceiro durante o tratamento, espere estar bem segura e pronta. As tentativas frustradas podem desanimar e fazer com que vocês desacreditem da cura.
Não deixem de ter intimidade a dois, o que não é aconselhável é a penetração e não a intimidade. Não há ninguém melhor que nós vagínicas pra entender que sexo não se resume à penetração, então abuse da imaginação e sejam felizes até a chegada do grande dia.

Sucesso para todas nós!!!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Eu Venci - A História da Ana

Olá Melissa, sempre acompanhei seu blog e hoje resolvi escrever minha história de cura. Acredito que assim como eu busquei apoio e informações nestes blogs, espero que minha história sirva de incentivo para muitas mulheres. 

Então vamos lá. Sou casada há 10 anos e nunca havia conseguido ter uma relação sexual com penetração, isso mesmo, nenhumazinha.
Me casei muito jovem e eu e meu marido éramos além de virgens, com pouco conhecimento sobre sexo. Minha família e a dele sempre muito tradicionalistas e isso com certeza foi um dos fatores que influenciou nossa vida como casal. Minha primeira relação com ele foi ruim e cheia de medos e ansiedades. As seguintes eram cercadas de diversão, afinal estávamos conhecendo um ao outro. Depois de cerca de dois anos comecei a me questionar e achar que tinha algo errado conosco, que não podia ser só isso que fazíamos, as brincadeiras, as carícias e as tentativas eram boas, mas faltava alguma coisa. Então resolvi buscar informações sobre sexo e conhecer melhor o corpo humano de forma acadêmica mesmo, porque até então eu e ele não sabíamos muita coisa.

Parece coisa de gente do século passado, mas não é! Moro em um capital e isso acontece com muitas pessoas ainda hoje e talvez isso seja mais um empecilho para muitas curas do vaginismo. Então pela primeira vez fui à um ginecologista que me explicou quase nada e disse que eu precisava "praticar mais". Saí me perguntando o que é que eu preciso fazer? Fui em busca de mais entendimento e me descobri com vaginismo. 

Os anos se passaram, eu fiz terapia por um tempo ( e acho que isso me ajudou a entender muita coisa na época), procurei vários ginecologistas que me diziam: você é normal.... um deles até me sugeriu uma cirurgia para resolver a questão, o que eu descartei imediatamente. 
E a vida ia seguindo, cada vez que pensava no assunto me sentia inútil, desesperada, envergonhada, idiota. O nosso casamento tinha tudo de bom, graças a paciência do meu marido e digo mais, acredito que ele também é um vencedor, pois permaneceu firme comigo e não me abandonou, mas o sentimento de não estar bem sempre me cercava e eu buscava tudo o que podia para resolver essa situação. Me apeguei muito em Deus e a cada tentativa de penetração, era uma frustração e isso trazia tristeza para ambos. Eu ouvia minha amigas falarem de sexo e fingia que estava tudo bem, mas aquele assunto era tão doloroso para mim que depois me sentia arrasada. Sempre me vinha a questão: eu preciso fazer alguma coisa! Mas o que fazer? Aonde buscar mais ajuda? Após todo este tempo de sofrimento e desesperança, vendo meu casamento ruindo dia após dia, e nós dois infelizes, determinei para minha vida que iria fazer o que estivesse ao meu alcance para me livrar deste problema. Retomei a terapia. Fiquei 6 meses aguardando uma Psicóloga pelo plano de saúde. Comecei a terapia com muito choro e desânimo. Comecei a ler mais ainda os assuntos sobre vaginismo e acatar sugestões de mulheres que já haviam se curado. Encaminhei meu marido para terapia e ele relutante aceitou. Em um dos blogs a sugestão era comprar um vibrador ou prótese e eu com muita vergonha fui lá e comprei ( em 2x no cartão....rsrsrsr). Em outro blog as meninas falavam sobre masturbação e vídeos eróticos....aceitei tbm essa sugestão...já que com o marido as coisas andavam mais geladas que um iceberg. Minha terapeuta sugeriu aulas de dança ou coisa do tipo para me deixar pouco menos deprimida. Fui fazer aulas de zumba...adorei...Então em um dia de intimidades comigo mesma consegui a penetração com o vibrador e dias depois consegui com meu marido....Simples assim? Não, claro que não! 

Não sei te dizer o que curou, acredito que foram todos esses fatores, sabe!? Mas é possível, e se você estiver lendo isso e achar que algumas dessas sugestões pode te ajudar, faça e faça por você mesma, porque vale à pena. Eu hoje me sinto muito mais confiante como mulher e nosso casamento ressurgiu. Agora estamos tentando engravidar e continuamos em terapia....que Deus abençoe todas vocês. E o mais importante, acreditem que a cura é possível. Abraço!!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Quando o Vaginismo atinge nossos maridos, namorados...

Este texto foi escrito pela Victória, a mesma do post "A história da Victória".
Assim como aconteceu com muitas de nós, ela está passando pela fase de desinteresse sexual de seu marido, e quis compartilhar conosco para que aquelas que já superaram esta fase pudessem ajudá-la e também para estimular o debate e a reflexão.


Bom, estava eu essa semana meditando sobre eu, o vaginismo e minha relação com meu marido e fiquei pensando... Será que sou casada com um banana? 

Parei para pensar isso porque fico tentando entender porquê nossos maridos/namorados enfrentam o nosso problema calados. Muitos dirão que é muito amor e paciência. 

Começo a pensar que eles também passam a ser vagínicos em um determinado momento da nossa relação. Porque eu sempre pedi para meu marido ir ao médico, sex shop, tentar outras posições e ele nada. Todas as propostas partiram de mim. 

Não posso reclamar porque se não fosse ele eu teria ficado mais deprimida e me sentindo uma porcaria. Ele sempre me apoiou, mas....

Hoje, sendo eu uma vencedora (de uma pequena batalha, mas vivendo em constante luta), quero aproveitar cada momento da minha vitória (e isso inclui fazer sexo com frequência), mas hoje em dia de tão acostumados a não conseguirem nada de nós, ficam satisfeitos com o pouco, ou pior, com o nada! Fico pensando será que é só o amor que os prende a nós ou eles também tem lá seus problemas?

Queria saber de vocês, estou sozinha no mundo ou vocês também passam ou passaram por isso? 

Hoje quero praticar muito meus novos dotes kkk (conseguir penetração completa), mas vejo meu marido tão desanimado e às vezes até fugindo... Chegamos até a fazer apenas 2 tentativas em um mês inteirinho (e somos casados há apenas 2 anos). 

Um dia desses ele me disse: "cansei de tanto ficar tentando, estou sem vontade no momento, agora é minha vez de você me compreender". 

Como é com vocês? Com que frequência vocês têm tentado? "HELPE-ME"!!!!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Vídeo Sobre Vaginismo


Conheço este vídeo há algum tempo, muitas de vocês já devem tê-lo visto.
Decidi publicá-lo porque percebo que nos últimos dias têm aparecido novas leitoras aqui no blog e que descobriram a pouco tempo que têm ou desconfiam ter vaginismo. Então pensando nestas que estão ansiosas por novas informações, decidi postar este vídeo.
Lembrei de mim mesma há algum tempo atrás, de como é importante se identificar com alguém, descobrir que não estava só, que não era a única...
A primeira vez que o vi ainda não sabia exatamente qual era o meu problema, mas já estava bastante desconfiada, e me identifiquei muito com a história.
Penso que toda ajuda nos é bem-vinda!



E aí, o que acharam? Se identificaram?
Abraços.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Eu Venci - A História da Victória

Hoje vou compartilhar com vocês a história da Victória (nome fictício), uma leitora que me escreveu para que sua história de sucesso fosse postada aqui no blog. :)

Olá, pessoal!!!

Estou aqui para rapidamente contar minha história de VITÓOOORIAAA!!!

Foram 8 anos, sim, OITO ANOS de luta. Bem, talvez nessa minha ânsia de contar tudo pareça que o tempo passou rápido e que foi fácil, mas não! O mais importante é vocês saberem é que se cheguei nesse dia foi porque venci EU MESMA, meus medos e receios!!!!

Minha vida foi assim, sou de uma família de militares e de pessoas muito religiosas... Estava seguindo esse caminho, era muito fervorosa e só pensava em casar na igreja e depois consumar meu casamento com a perda da virgindade após ele. Fui muito dedicada, queria ser sempre certinha e nunca desrespeitar meus pais. Fiz anos de trabalho voluntário em presídios, asilos e comunidades carentes. Algumas meninas da minha família ficaram grávidas na adolescência, achei aquilo terrível. Embora meus pais nunca tenham me dito, eu achava que aquilo era humilhação! Ser mãe adolescente e solteira! O tempo passou e eu era muito infeliz sentimentalmente queria namorar com alguém que tivesse os mesmos preceitos religiosos que eu. Acabei conhecendo uma pessoa e abandonei a igreja. Essa pessoa era totalmente diferente das pessoas que eu pensava em me relacionar, mas talvez minha carência tenha me levado a aceitar aquele relacionamento. Não demorou muito para que ele insistisse para que a gente transasse. Fiquei apavorada com tudo... Tinha medo, vergonha... Tudo! Cedi e se fez a primeira tentativa... Não conseguimos penetração. Comprou lubrificantes e camisinhas e nada. Várias tentativas e nada. Terminamos. Depois de algum tempo, com outra cabeça conheci um rapaz mais velho, mas também inexperiente. Começamos a tentar e nada... Depois de 5 anos casamos e... Nada! Depois de 2 anos de casamento estou aqui!!!!!!!!!

Fiz terapia, cheguei a ir numa gineco que quando eu fui fazer um exame de coleta e não conseguia abrir as pernas de medo me deu um tapa (irresponsável) e claro.... Nada mudou.... Depois de muitas pesquisas na internet, descobri o vaginismo e esses maravilhosos blogs sobre o assunto.


Como foi a minha cura???? Chegou o momento que eu disse chega!!!! Vou dizer as várias atitudes que eu tomei e vcs decidam o que serve pra vcs!
Primeiro, troquei de gineco, claro! Descobri uma que haviacedido uma entrevista para um jornal falando sobre a adolescência e a perda da virgindade. Só a gente sabe como é humilhante e triste contar... Pra MAIS UM profissional nossa história. Ela ficou impressionada. Conversamos por quase uma hora. Fiquei tão feliz só pelo fato de ela não achar que tudo aquilo era bobagem ou eu estava exagerando. Com toda paciência fez um exame com cotonete, apesar do desconforto conseguimos. Depois de um mês voltei lá para levar resultados de exames e ecos que fiz. Ela perguntou se eu aceitava um exame. Estava cansada de tantos medos, afinal aquilo não tinha me levado a lugar algum e aceitei. Ela, com a ajuda de lubrificante colocou os DOIS dedos na minha vagina. Noooosssa! Eu tinha medo e vergonha de fazer um exame com cotonete. Ela deu o veredicto. VOCÊ É NORMAL!!! Disse que minha anatomia era perfeita e que podia enxergar meu hímem... Intacto. Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por saber que não tinha problema algum e triste por saber que ainda era virgem com quase 30 e o pior... Casada. Na consulta seguinte levei um absorvente interno e pedi pra ela me ajudar... Ela colocou e retirou... Não foi fácil... Eu estava com muuuuuito medo, mas consegui. 


Comecei novamente terapia com um psicólogo. Mas cheguei no momento gota d’agua. Não queria mais contar aquela história e depois de três consultas me dei alta e decidir enfrentar a mim mesma. Comprei uma caixa de absorvente interno tamanho mini. Tentei colocar. Não consegui colocar tudo por conta do medo, mas não o tirei. Deixei ali na entrada... hahahaha Há duas semanas atrás comprei o tamanho médio e consegui colocar até a metade do meu dedo. Consegui! Sozinha! 

Decidi que chegou meu momento. Falei pro meu marido que queria ir numa sex shop. Ele achou sensacional! Me deu uma raiva de mim porque durante tantos anos eu já poderia estar aproveitando e só perdi meu tempo... Chegamos em frente a loja, ficamos uns cinco minutos na frente. Ele dizia “entra” e eumesmo morrendo de vergonha disse que a hora era agora! Kkk... Agora é engraçado, mas na hora... Entramos e comprei um vibrador! Siiiim! Fomos pra um hotel... Não vou contar detalhes mas, tanto o brinquedinho de verdade quanto o de brinquedo... ENTRARAM COMPLETAMENTE!!! Meninas, isso faz três dias... De lá pra cá.... hahahahaha

Eu sei que contei rapidamente e que parece que tudo foi tão rápido e fácil, mas foram 8 anos!!! Se quiserem posso contar detalhes e tirar algumas duvidas de vocês. Me escrevam! Ficarei feliz em ajudá-las a encontrarem a felicidade!!! Desculpem os erros de português, mas é a emoção. Estou com vocês!!! E com muito orgulho quero dizer: EU VENCI O VAGINISMO!!!!

domingo, 6 de abril de 2014

A importância do Diagnóstico

Olá amigas e amigos, como vocês estão? Estava com saudades de escrever por aqui. :)

O motivo deste post é o fato de eu receber, quase que diariamente, e-mails de meninas (mulheres) com a seguinte pergunta: será que tenho vaginismo?
Esta é uma pergunta que infelizmente não posso responder com toda certeza se sim ou não.
Apesar da maioria ter todos os sintomas que nos leve a crer que seja vaginismo, somente um ginecologista examinando ou tentado examinar poderá diagnosticar.

Sei o quanto é difícil buscar ajuda para este problema, o quanto é constrangedor ter que contar a nossa história para ginecologistas, terapeutas, fisioterapeutas, sexólogos... e além de tudo ter de enfrentar e lidar com a falta de preparo de muitos deles. 
Na maioria das vezes, o primeiro ginecologista procurado só a deixará mais confusa, dirá coisas como "é só relaxar, caprichem nas preliminares, tome uma taça de vinho, blá, blá, blá..." mas não desista, a sua hora de encontrar um bom profissional depende da sua perseverança, na vontade em que tem de se curar.

Passei muito tempo no achismo, e infelizmente ele só retardou minha cura.
Antes de procurar ajuda eu sempre me imaginava na frente do médico, terapeuta... dizendo que estava casada há mais de 2 anos e ainda não havia conseguido fazer sexo. Só de pensar em contar isso a alguém eu faltava morrer de tanto constrangimento e a vergonha.
Mas foi preciso vencer a vergonha, o medo para ir em busca de pessoas que realmente poderiam me ajudar. Quem acompanha o blog sabe que a luta para conseguir o diagnóstico não foi fácil, mas a partir do momento em que fui diagnosticada, em que eu soube verdadeiramente qual era o meu problema, foi mais fácil encontrar as armas para combatê-lo.

Conheço várias histórias de meninas que achavam ter vaginismo, mas na verdade tinham outra espécie de dispareunia, o que muda muita coisa, muda a abordagem, a causa, o tipo de tratamento...

Vençam a vergonha, o medo do constrangimento para irem em busca de um diagnóstico seguro.
Com ele em mãos, terão também a possibilidade de escolha das melhores armas para vencer o problema, seja ele qual for.

PS. Todas as  vezes em que fui em busca dos profissionais, tive que buscar dentro de mim um súbito de coragem para simplesmente pegar o telefone e marcar uma simples consulta, e depois mais uma vez para comparecer na consulta marcada.
Muitas vezes, a vergonha e o medo faziam com que eu sabotasse o meu tratamento. Sei tanto quanto vocês o quanto é difícil, mas só depende de nós.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Olá!!!

Primeiramente gostaria de me desculpar pelo meu sumiço em relação às postagens aqui no blog. Tenho recebido alguns e-mails questionando o porquê da minha ausência, a verdade é que entrei em um estágio onde não tenho tido muito a oferecer, não tenho tido muitas novidades... por isso não tenho escrito novos posts.

Várias vezes também me questionei o motivo pelo qual a maioria das blogueiras "abandonavam" os blogs quando estavam prestes a alcançar a cura ou quando já estavam curadas. Pensava comigo: "é só se curarem que somem de vez", mas hoje entendo seus motivos.
O intuito do blog é somar contando as nossas experiências, mas infelizmente chega um momento que parece não ter mais tanto a oferecer.

A cura ainda não veio, mas está cada dia mais próxima. Recebo vários e-mails de meninas que acham que já estou curada, mas não estou. Eu também pensava que a cura era simplesmente conseguir a tão sonhada penetração, mas a cura é algo além disso.
Mas esta é uma experiência minha, com algumas a cura chega juntamente com as primeiras penetrações. Sinto que ainda faltam alguns detalhes. 

Continuo como estava quando escrevi meu penúltimo post, quase nada mudou. Continuo conseguindo penetração em todas as nossas tentativas, continuo sentindo um certo desconforto, algumas relações são bem prazerosas outras nem tanto. A única novidade é que já consigo diversificar as posições, antes só dava certo quando eu estava por cima, hoje já conseguimos com ele por cima, de ladinho...

Por fim, também constatei que não há mais necessidades de voltar à fisioterapia, o papel dela já foi cumprido na minha vida.
A terapia continua, e como vocês puderam ver no último post, ela tem feito um bem enorme tanto pra mim de maneira individual quanto para o meu relacionamento com o meu marido.

Voltarei com novos posts assim que tiver novidades para compartilhar com vocês.
Continuarei respondendo a todos os comentários deixados no blog e todos os e-mails que me forem enviados, tenho grande satisfação em respondê-los.

Espero retornar em breve.
Abraços. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Bem que a Terapia tem Feito





Sempre escrevo sobre o quanto a fisioterapia foi importante para que eu chegasse onde hoje estou, quem me acompanha sabe o quanto evoluí desde que comecei as sessões. Mas hoje quero falar sobre a psicoterapia e o quanto ela tem me feito bem.

Não sei o quanto a psicoterapia me ajudou a chegar até aqui, mas tenho convicções do quanto ela é de suma importância no daqui para frente. 
Durante as sessões e em minha reflexões diárias, tenho descoberto coisas sobre mim mesma que não imaginava ser possível, tenho tido lembranças que estavam completamente esquecidas. Tais fatos têm sido muito relevantes para que eu entenda a causa do meu vaginismo e possa deixá-lo de uma vez por todas.

Outra coisa é o quanto o vaginismo deixa resquícios emocionais, e eu descobri que tenho muitos, muitos mesmo, até mesmo aqueles que eu achava que não tinham nada a ver com o vaginismo.  A insegurança, o medo, o ciúme, a inconstância...

Após muitas evoluções e descobertas, minha relação com meu marido mudou da água para o vinho, não que a relação fosse ruim, mas no fundo existia um vazio dentro de nós, algo estranho que nunca se encaixava, uma distância emocional...
Ele se abriu, disse o quanto se sentia rejeitado mesmo sabendo que esta não era minha intenção. 
Não fazemos terapia de casal, mas as sessões têm sido de grande valia para nós dois.

Pois é, meninas, quem acompanha o blog desde o início sabe o quanto eu achava desnecessário e o tanto que relutei em relação à terapia, mas hoje vejo o quanto ela é importante.
O segredo é encontrar um bom profissional com o qual possamos nos identificar e confiar.
Quem tiver a oportunidade de fazer, faça. Assim como eu, não irão se arrepender! 
É preciso ter paciência, nas primeiras sessões parece que não iremos chegar a lugar a algum, mas para que as coisas comecem a andar é preciso pelo menos umas 5 sessões.

Sucesso para todas nós!

PS. Em relação ao sexo continuo na mesma, ainda não fui à ginecologista (falta de agenda minha e dela), ainda sinto certo incômodo (não é dor), mas já conseguimos penetração em todas as nossas relações, e penetração prazerosa em algumas delas.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Avanços




Desde minha última postagem, já vivi tantas coisas, que não parece que de lá pra cá se passou apenas uma semana.

Nestes últimos dias fiz 2 sessões de fisioterapia e 1 de psicoterapia. Sobre a terapia não há muito o que ser dito, mas posso afirmar que os efeitos têm sido bastante positivos, as sessões têm propiciado um auto conhecimento, e sempre saio de lá me sentindo cada vez mais capaz. 
Quanto à fisioterapia, alcançamos alguns avanços.

Como lhes contei no último post, ando tendo dificuldades em deixar o controle das penetrações, pois bem, nas últimas sessões a fisio não permitiu que eu fizesse os exercícios sozinha, pois quando eu fazia sozinha tudo ocorria super bem, mas se ela tentasse, não dava certo.
Então tivemos que recomeçar, primeiro ela introduziu o dedo, massageou, tirou, colocou novamente... e só aí tentou inserir a prótese peniana. Neste dia não conseguimos introduzir a prótese, mas a sonda que é mais fina entrou. Ela colocou a sonda e tirou umas 3 vezes, sem traumas!

Já na outra sessão, ela sugeriu que tentássemos a prótese sem "abrirmos caminho" com a sonda.
Na primeira tentativa, pra que eu me sentisse mais segura, ela permitiu que eu segurasse em sua mão (como se eu tivesse no controle, mas não poderia ajudá-la a colocar), e assim o fiz e deu certo, entrou com um pouco mais de dificuldade, mas entrou. Mais uma certeza de que é tudo psicológico!

Na segunda tentativa, ela não permitiu que eu usasse as mãos, meu único aliado era o relaxamento, e para minha surpresa entrou até a metade, e com a consciência de que eu não estava totalmente relaxada, relaxei mais, e entrou tudo.
Então ela fez alguns movimentos com a prótese e nos demos conta que o problema maior era entrar, depois que entrou conseguimos fazer tudo sem maiores problemas, a não ser uma leve ardência com os movimentos de vai e vem.
Já marquei com a gineco pra saber as causas dessa leve ardência, dessa vez, me parece que não tem relação com o vaginismo

Estou feliz com os avanços, e mais feliz ainda por ter conseguido deixar a fisio introduzir a prótese sem ter tido a necessidade de colocar um objeto menor antes. Eu mesma nunca tinha conseguido introduzir a prótese sem antes "abrir caminho" com algum dilatador (prótese é maior e mais larga que o último dilatador).

A fisio propôs que déssemos uma pausa de 1 mês com as sessões, para que neste período o marido e eu possamos praticar todo que me foi orientado. Caso tudo dê certo, voltarei apenas para a avaliação final, e se por acaso, daqui 1 mês, ainda restar algum resquício do vaginismo, faremos mais 5 sessões.

As sessões com a psico continuarão a todo vapor.

Agora é torcer pra que o vaginismo venha a fazer parte do meu passado. 
Torçam por mim!!!  ;)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A arte da Confiança




Me sinto muito orgulhosa por ter chegado até aqui, fácil não foi e não tem sido! 
O fato é que o vaginismo faz com que eu me sinta bipolar, um dia me sinto extremamente vitoriosa, no outro uma fracassada. E nesta semana, a sensação de fracasso tem me acompanhado.

Meu processo de cura deu uma estagnada. Estávamos indo muito bem até a fisio perceber que eu não consigo confiar no outro.
Tudo ocorre muito bem quando eu estou no controle da situação. Quando eu coloco a sonda, quando eu introduzo a prótese... mas infelizmente quando o controle não está comigo o vaginismo fala mais alto. 

Entramos em um processo onde a fisio é quem tenta introduzir os objetos em mim, só tenta, entrar mesmo que é bom, não entra de maneira nenhuma, nem sentada, nem deitada ou de pé.
Só de imaginar que é ela quem vai introduzir me travo toda, pernas, glúteos e vagina.
Neste momento não consigo ser racional, não me lembro das técnicas de relaxamento e respiração.

Em casa não tem sido diferente, todas as vezes em que eu estou no controle da situação o pênis escorrega pra dentro como se eu nunca tivesse sido vagínica, caso contrário, sempre voltamos à estaca zero.

A psico tem tentado me ajudar com este problema, mas até agora não obtivemos progresso algum.
Enquanto isso eu e a fisio, este anjo na minha vida, estamos tentando, tentando, tentando...
A fisio diz que isso acontece com muitas meninas, mas o mais normal é que elas confiem mais no profissional do que  nelas mesmas.

Sei que não deveria me sentir fracassada, afinal já conquistei tantas vitórias, mas eu não estava preparada para esta pausa no meu processo de cura.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Biofeedback Vaginal - 4ª e 5ª Sessões

Oi gente, demorei, mas voltei!
Como vocês estão? Espero que estejam todas em  ritmo de progresso.

Hoje vou lhes contar como foram a 4ª e 5ª sessões.
Nelas usamos o aparelho de biofeedback, aparelho que monitora a contração muscular. Com ele é possível perceber como está nossa contração, se contraímos e relaxamos no momento certo e qual é o nível de contração e relaxamento.



O monitoramento funciona da seguinte forma, a sonda inflável é introduzida na vagina, (no meu caso eu mesma introduzi) depois disso a fisio infla a sonda, e então ela pediu pra que eu contraísse e continuasse contraída o máximo que eu pudesse.
Através das luzes dos aparelho eu ia tendo a noção de como estava minha musculatura.
Ao contrair a luz subia e eu devia mantê-la no topo do aparelho, caso eu relaxasse, a luz ia caindo gradativamente.

Fiz vários exercícios, exemplo: Contrair e relaxar rapidamente, contrair e segurar por 30 segundos... e o parelho vai captando tudo.
É bastante divertido, dá pra ter a real noção de como adquirir o controle da musculatura pélvica.

A fisio avaliou que, em alguns momentos, não contraio e nem relaxo o suficiente, ainda não tenho o controle consciente dos músculos perineais.

A boa notícia é que na 5ª sessão já me saí melhor que na anterior, já estava com mais controle dos meus músculos, principalmente na hora de relaxar. \o/

 Assim vou adquirindo maior controle da minha musculatura, e em breve terei penetrações sem dores ou incômodos, restará somente o prazer.

Rumo à Cura, meninas!!!