domingo, 6 de abril de 2014

A importância do Diagnóstico

Olá amigas e amigos, como vocês estão? Estava com saudades de escrever por aqui. :)

O motivo deste post é o fato de eu receber, quase que diariamente, e-mails de meninas (mulheres) com a seguinte pergunta: será que tenho vaginismo?
Esta é uma pergunta que infelizmente não posso responder com toda certeza se sim ou não.
Apesar da maioria ter todos os sintomas que nos leve a crer que seja vaginismo, somente um ginecologista examinando ou tentado examinar poderá diagnosticar.

Sei o quanto é difícil buscar ajuda para este problema, o quanto é constrangedor ter que contar a nossa história para ginecologistas, terapeutas, fisioterapeutas, sexólogos... e além de tudo ter de enfrentar e lidar com a falta de preparo de muitos deles. 
Na maioria das vezes, o primeiro ginecologista procurado só a deixará mais confusa, dirá coisas como "é só relaxar, caprichem nas preliminares, tome uma taça de vinho, blá, blá, blá..." mas não desista, a sua hora de encontrar um bom profissional depende da sua perseverança, na vontade em que tem de se curar.

Passei muito tempo no achismo, e infelizmente ele só retardou minha cura.
Antes de procurar ajuda eu sempre me imaginava na frente do médico, terapeuta... dizendo que estava casada há mais de 2 anos e ainda não havia conseguido fazer sexo. Só de pensar em contar isso a alguém eu faltava morrer de tanto constrangimento e a vergonha.
Mas foi preciso vencer a vergonha, o medo para ir em busca de pessoas que realmente poderiam me ajudar. Quem acompanha o blog sabe que a luta para conseguir o diagnóstico não foi fácil, mas a partir do momento em que fui diagnosticada, em que eu soube verdadeiramente qual era o meu problema, foi mais fácil encontrar as armas para combatê-lo.

Conheço várias histórias de meninas que achavam ter vaginismo, mas na verdade tinham outra espécie de dispareunia, o que muda muita coisa, muda a abordagem, a causa, o tipo de tratamento...

Vençam a vergonha, o medo do constrangimento para irem em busca de um diagnóstico seguro.
Com ele em mãos, terão também a possibilidade de escolha das melhores armas para vencer o problema, seja ele qual for.

PS. Todas as  vezes em que fui em busca dos profissionais, tive que buscar dentro de mim um súbito de coragem para simplesmente pegar o telefone e marcar uma simples consulta, e depois mais uma vez para comparecer na consulta marcada.
Muitas vezes, a vergonha e o medo faziam com que eu sabotasse o meu tratamento. Sei tanto quanto vocês o quanto é difícil, mas só depende de nós.

8 comentários:

  1. Está certíssima! Eu tb tinha vergonha e demorei a buscar ajuda. Tb enfrentei despreparo, mas valeu a pena! A cura existe e depende de nós!
    Abraços

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    1. Pois é, a maioria teve ou ainda tem vergonha.
      Espero que este post sirva de estímulo para muitas delas.
      É exatamente isso "a cura existe e depende de nós".
      Abraços.

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  2. Oi Melissa, já estava com saudades do blog.
    Ouso dizer que vc falou um pouco de cada uma de nós. Qual de nós nunca se sentiu constrangida com este mal? Quem nunca sentiu medo de tentar, ou de não tentar? Quem nunca...? Eu passei por tudo isso que você descreveu, e um dos motivos que quase me fez desistir foi o despreparo médico. Em alguns momentos eu até desisti, mas recomecei e voltei a acreditar.
    Hoje a cara esta batendo à minha porta, creio que logo estarei pronta para recebe-la.
    Beijos lindona.

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    1. Oi Love, também estava com saudades de postar aqui no blog e de você.
      Acredito que cada uma de nós vive essa história com algumas particularidades, mas os pontos em comum não são raros, e são exatamente eles que nos unem.
      Abração.

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  3. Oi Melissa, assino embaixo tudo o que disse, o diagnóstico é o nosso pontapé inicial.
    E o post sobre o uso dos dilatares que você prometeu? Kkkkkkkk
    Bjos.

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    1. Oi querida, eu não esqueci do post.
      Peço desculpas, pois estou numa correria sem fim. Mas logo vou postá-lo.
      Abraços.

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  4. Fui diagnosticada na semana passada, embora eu já tivesse certeza que se tratava de vaginismo! Fiquei e continuo sem chão. Sabe quando você não tem nem ideia por onde deve começar... eu estou assim, não suporto imaginar o tempo que se leva para alcançar a cura, não sei se disponho de tanto tempo, meu casamento está por um fio graças a este turbilhão.
    Melissa, desculpe pelo desabafo!!!

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    1. Querida, sei bem como está se sentindo, eu também me senti assim.
      Começar você já começou, já tem o diagnóstico, o próximo passo é procurar acompanhamento psicológico e uma fisioterapeuta uroginecológica.
      Converse com seu marido, mostre a ele o blog, deixe claro que você não é única, que muitas pessoas já se curaram.
      Quanto ao tempo, isso depende muito, algumas pessoas levam mais tempo para se curar, outras menos. Mas tenha certeza de que só de começar o tratamento seu casamento já mudará bastante, e para melhor.
      Não se desespere, a cura existe e está logo ali. E não precisa se desculpar pelo desabafo, este espaço é reservado para isso mesmo.
      Precisando é só chamar, ok?!
      Abraços.

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Pode voltar que terá uma resposta minha, ok? :)