quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Enfim, o diagnóstico

Depois da última consulta, mais que frustrada, decidi procurar outra ginecologista. Fui sem muitas esperanças, mas a ideia de que eu estava acomodada atormentava meu casamento. Em todas as conversas mais sérias aparecia a cobrança!

Chegou o dia da consulta!
Esperei mais de 1 hora para ser atendida, (tenho a impressão que tudo acontece para que eu desista) mas enfim chegou a minha vez!

Muito simpática, ela me recebeu com um enorme sorriso no rosto, isso para mim, fez toda a diferença. Já me senti à vontade logo na entrada do consultório. 

Mas vamos ao que interessa! 
Eu disse a ela: Doutora, o motivo pelo qual estou aqui é  fato de não conseguir ter relações sexuais com penetração. Disse-lhe que parecia que havia uma barreira que impedia a penetração. Então ela pediu que eu me trocasse para ser examinada. Falou para que eu relaxasse, pediu para que eu confiasse nela, pois ela introduziria 1 dedo em mim e me garantiu que se eu relaxasse não doeria. E foi o que fiz, confiei e relaxei! Ela ficou com o dedo lá em média 1 minuto, massageando delicadamente as paredes da vagina. 
Não doeu nadinha, apenas me incomodou, afinal não estou acostumada a ter nada introduzido em mim.

Então ela me disse: Melissa, pelo que tudo indica você tem VAGINISMO!
Começou a explicar o que era, como os músculos reagiam a cada tentativa sexual, falou sobre o tratamento com ajuda psicológica, pois era um problema psicológico; apesar da dor ser física.

Saí de lá aliviada pelo diagnóstico, mas ao mesmo tempo bastante abalada. 
Apesar de já desconfiar que tinha vaginismo, lá no fundo eu preferia ter algum tipo de problema tratável através de remédios ou intervenção cirúrgica. Só quem sofre deste mal vai entender meus motivos.
É muito difícil saber que, praticamente 100% da minha cura, só depende de mim mesma.

Muito do que ela disse eu já sabia, antes de ter certeza do diagnóstico, eu já havia pesquisado bastante sobre o assunto. O próximo passo era ir até a psicóloga que ela me indicou.

Mas será mesmo que eu precisava de terapia? Li histórias de tantas meninas que se curaram sem. Porém, cada caso é um caso.




4 comentários:

  1. Melissa, bom dia!
    Mas que bom que você agora tem o diagnóstico e, com ele, um caminho concreto a seguir. Isso torna tudo mais claro e já aponta para providências objetivas que, se seguidas, muito em breve devem normalizar a sua vida sexual. Imagino que o seu marido também esteja animado. Como eu já lhe disse, eu também cobrei iniciativas de tratamento da minha esposa, e se não fosse por essa minha cobrança ela não teria se curado.
    O fato de uma médica ter indicado uma psicóloga torna o diagnóstico ainda mais seguro, já que essa indicação é contra o interesse da médica, que perde uma paciente. Infelizmente muitos profissionais preferem enrolar um paciente a realmente ajudá-lo.
    Sobre a terapia psicológica, por que tanta resistência sua? Você deveria achar ótimo que a cura só dependa de você, pois assim você pode apressá-la! Imagine como isso será revelador para você e para o seu marido! Isso não é motivação o bastante? Como a maioria das mulheres você descobriu o vaginismo com 30 anos...é muito tempo não é? E o que você quer dizer com "só quem sofre deste mal vai entender os seus motivos"?
    Acho que você tem que encarar a terapia como uma forma de autoconhecimento, uma forma de questionar o seu modo de encarar a sexualidade e a sua relação com as pessoas. Como isso pode ser ruim, ainda que não dependesse disso a cura? Você diz que muitas mulheres se curaram sem a terapia, mas como estudioso do vaginismo posso garantir que a maioria das curas começou com a terapia. Nos casos de cura sem terapia normalmente a mulher sofre do vaginismo (do sintoma) apesar de já ter mudado muito as suas ideias sobre o sexo (ideias de repressão sexual), mas eu arriscaria dizer que nesses casos elas não teriam a resistência que você demonstra à terapia, e isso exatamente porque já teriam amadurecido emocionalmente...é nisso que a terapia pode ajudá-la, a vencer a acomodação e a encarar o vaginismo de frente!
    beijo

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  2. Olá, Marcelo!
    Sim, com certeza o diagnóstico muda muita coisa. Antes era somente uma desconfiança, agora é concreto. Estamos animados, temos certeza que iremos desfrutar o pleno em nosso casamento.
    Ainda não tinha me atentado para o fato de que a médica me indicar o tratamento psicológico, torna o diagnóstico mais seguro. Você tem toda razão!
    Em relação à terapia, sou meio resistente por não enxergar onde ela poderia me ajudar. Mas para ser bem sincera, não tenho muita certeza do motivo pelo qual tenho essa resistência toda. Talvez seja pelo fato de eu não gostar de expor tanto essa limitação. (Frase confusa, mente confusa!).
    Marcelo, só tenho a agradecer toda sua disposição em ajudar uma desconhecida. Obrigada!!!
    Beijos.

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    1. Melissa,
      bom, então a respeito da sua resistência à terapia, acho que isso foi um xeque-mate! Você se rende? Vai procurar uma terapia ou ainda tem argumentos para resistir? Olha, se você não gostar da primeira abordagem ou do profissional, existem muitos e é só uma questão de procurar até achar alguém que pareça ser inteligente, sensível e preparado o bastante para convencê-la de que vale a pena conhecer-se através de outra pessoa.
      É exatamente por você não saber como a terapia pode ajudá-la que ela tem como ajudá-la! Porque através dela você vai alcançar um tipo de conhecimento inacessível ao método do pensamento individual. A sua resistência em conhecer "o novo" sobre si mesma é prova o suficiente de bloqueios que você precisa ultrapassar, e se faz isso através da compreensão de porque você ergueu tais proteções. Aliás, você sabia que "resistência" (ou "defesa", ou "recalque") é justamente um termo psicanalítico que descreve situações como essa que eu esbocei? Agora, por favor, dê-se por vencida! Não é possível que uma pessoa esclarecida como você continue na idade das trevas por opção! Avante! Até a vitória!
      Beijos.

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    2. Sim, eu me rendo. Xeque-mate! rs...
      Aliás, vc foi fundamental nesta decisão.
      Mal não irá fazer, não é mesmo?
      Fiz um post sobre a terapia, dê uma passadinha lá!
      Obrigada por se fazer presente, já não me sinto mais tão só.
      Abraços.

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Obrigada pelo seu comentário!
Pode voltar que terá uma resposta minha, ok? :)